Petróleo fecha setembro em queda, mas Petrobras PN avançou 1,29% na B3

Brent e WTI registram perdas mensais, enquanto ações brasileiras de petróleo se movimentam de forma desigual frente ao mercado internacional.

O mês de setembro apresentou volatilidade no mercado de petróleo, com movimentos diários de alta e baixa refletindo o equilíbrio entre oferta global e expectativas de demanda. O Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) iniciou o mês a US$ 64,64 por barril na segunda-feira (01/09), alcançou picos de US$ 66,42 em sessões intermediárias e fechou em US$ 62,43 na terça-feira (30/09), acumulando perda mensal de -2,47%. Já o Petróleo Brent (CCOM:OILBRENT) começou setembro em US$ 68,15, oscilou até US$ 69,87 e encerrou o mês a US$ 66,06, registrando queda de -2,98% no período. Oscilação diária moderada, pressão da oferta de países da OPEP+ e dados mistos sobre demanda nos Estados Unidos e na China marcaram o comportamento dos contratos futuros.

Na variação semanal, o WTI e o Brent registraram pequenas oscilações, impactando as ações das empresas brasileiras de petróleo listadas na bolsa de valores. A Petrobras ON (BOV:PETR3) e Petrobras PN (BOV:PETR4) encerraram o período com valorização de +1,29% cada, refletindo confiança dos investidores frente a perspectivas de produção e gestão de custos. Outras companhias brasileiras apresentaram movimentos divergentes: Petroreconcavo ON (BOV:RECV3) caiu -3,20%, Brava Energia ON (BOV:BRAV3) recuou -10,73%, Petrorio ON (BOV:PRIO3) avançou +0,61% e Pet Manguinh ON (BOV:RPMG3) recuou -5,17%. No cenário internacional, empresas como ConocoPhillips (NYSE:COP) sofreram queda de -4,55% e Chevron (NYSE:CVX) recuou -3,33%, enquanto TotalEnergies (EU:TTE) apresentou leve perda de -0,17%.

Entre as companhias globais de petróleo, a melhor performance mensal foi observada pelos ADRs da Petrobras, com destaque para NYSE:PBR.A, que avançou +3,77%, seguida de NYSE:PBR (+3,01%), refletindo valorização em linha com a recuperação parcial do setor e confiança na gestão da empresa. No lado negativo, ConocoPhillips (NYSE:COP) e Chevron (NYSE:CVX) ficaram entre as empresas que mais recuaram, pressionadas por ajustes em estimativas de produção e incertezas sobre estoques de petróleo nos Estados Unidos.

Em comparação, o desempenho das ações da Petrobras na bolsa de valores superou grande parte das demais empresas brasileiras de exploração de petróleo, mesmo diante da queda do petróleo no mês. A companhia segue como protagonista do setor, com valorização consistente de seus papéis ON (BOV:PETR3) e PN (BOV:PETR4), enquanto Petroreconcavo ON (BOV:RECV3), Brava Energia ON (BOV:BRAV3) e Pet Manguinh ON (BOV:RPMG3) sofreram desvalorização, refletindo maior sensibilidade às variações de custos operacionais e à dinâmica do mercado doméstico. Petrorio ON (BOV:PRIO3) manteve leve valorização, aproveitando diversificação em campos offshore.

As ADRs da Petrobras negociadas na bolsa de valores norte-americana (NYSE:PBR | NYSE:PBR.A) tiveram desempenho superior a várias empresas internacionais de petróleo, destacando-se em meio à volatilidade global. Enquanto gigantes como Shell (LSE:SHEL) recuaram -2,97% e TotalEnergies (EU:TTE) registrou perda de -4,43%, os papéis da estatal brasileira refletiram confiança dos investidores estrangeiros em sua capacidade de geração de caixa e expansão estratégica.

Entre as empresas brasileiras do setor, a Petrobras se mantém como referência, atuando em toda a cadeia de energia, da exploração à distribuição de combustíveis, com grande liquidez e presença internacional. Brava Energia ON (BOV:BRAV3) concentra-se em geração elétrica e diversificação energética; Petroreconcavo ON (BOV:RECV3) foca em exploração terrestre no Nordeste; Petrorio ON (BOV:PRIO3) mantém campos offshore maduros; e Pet Manguinh ON (BOV:RPMG3) opera em refino e distribuição, com menor escala, mas mostrando relevância local.

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