Os preços do petróleo recuavam ligeiramente na manhã de terça-feira, 16 de setembro de 2025, em meio aos ataques contínuos da Ucrânia à infraestrutura energética russa, que aumentaram as preocupações sobre possíveis interrupções no fornecimento.
A escalada ocorre depois que as forças russas lançaram uma grande ofensiva no sudeste da Ucrânia, incluindo a cidade de Zaporizhzhia, após várias semanas de ataques ucranianos contra instalações petrolíferas russas.
O sentimento do mercado também encontrou apoio na desvalorização do dólar americano, com a moeda americana recuando em meio à crescente expectativa de que o Federal Reserve (Fed) reduza as taxas de juros durante sua reunião de política monetária no final desta semana.
Às 07h35 (horário de Brasília), o petróleo Brent para novembro recuava 0,13%, para US$ 67,35 o barril, e o West Texas Intermediate para outubro recuava 0,06%, para US$ 63,26 o barril.
Medos sobre a oferta compensam a fraqueza mais ampla do mercado
A Ucrânia intensificou sua ofensiva contra a Rússia nas últimas duas semanas, principalmente depois que as negociações de paz mediadas pelos EUA foram consideradas amplamente inconclusivas. As forças ucranianas têm se concentrado em interromper a produção de petróleo russa, com o objetivo de prejudicar a capacidade de Moscou de financiar operações militares.
Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu sanções adicionais contra o setor petrolífero russo, incluindo medidas contra grandes compradores, como Índia e China. No início de agosto, a Índia enfrentou tarifas comerciais de 50% sobre o assunto. Trump também pediu à OTAN, à União Europeia e aos países do G7 que reduzissem as compras de petróleo russo e aumentassem a pressão comercial sobre esses países.
Embora se espere que a oferta global permaneça abundante nos próximos meses devido ao aumento da produção da OPEP e à forte produção de países não pertencentes à OPEP, preocupações com interrupções no fornecimento russo têm impulsionado os preços do petróleo.
A demanda global permanece contida, especialmente na China, onde a recuperação tem sido lenta nos últimos dois anos, enquanto o consumo de combustível nos EUA deve diminuir durante o inverno.
Analistas da Bernstein alertaram que o Brent pode cair para US$ 60 por barril se a oferta continuar a superar a demanda, com o superávit global de petróleo projetado para atingir 1,9 milhão de barris por dia neste trimestre. Os analistas observaram que sanções mais rígidas à Rússia continuam sendo o principal risco de alta para os mercados de petróleo.
Fraqueza do Dólar e Expectativas da Taxa do Fed
A desvalorização do dólar nas últimas semanas também deu suporte aos preços do petróleo. A moeda americana se enfraqueceu em meio às expectativas de que o Federal Reserve (Fed) reduzirá as taxas de juros em pelo menos 25 pontos-base durante sua próxima sessão de política monetária, refletindo algum desaquecimento no mercado de trabalho.
Embora a orientação futura do Fed sobre as taxas permaneça incerta devido à inflação persistente, taxas de juros mais baixas podem estimular a atividade econômica e, por sua vez, impulsionar a demanda por petróleo.
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