Os preços do petróleo reverteram sua tendência de queda na terça-feira (23), após cinco sessões consecutivas de perdas, já que um acordo preliminar entre o Iraque e as autoridades regionais curdas para reiniciar um grande oleoduto aumentou a pressão sobre o já abundante fornecimento global.
Os contratos futuros do petróleo Brent para novembro subiram para US$ 67,08, ou +0,77%, às 08h47 (horário de Brasília), enquanto o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA para novembro subiram 0,95%, para US$ 62,87 o barril.
Nas últimas cinco sessões, os preços do Brent e do WTI recuaram 3% e 4%, respectivamente.
“O tema predominante ainda é a preocupação com o excesso de oferta, enquanto as perspectivas de demanda permanecem incertas à medida que nos aproximamos do final do ano. A retomada da operação do oleoduto KRG também tem pressionado os preços”, disse Anh Pham, analista sênior da LSEG.
Na segunda-feira, autoridades confirmaram que o governo federal do Iraque e as autoridades regionais curdas chegaram a um acordo com empresas petrolíferas para retomar as exportações via Turquia. O acordo permitirá que cerca de 230.000 barris por dia (bpd) do Curdistão iraquiano, que estavam interrompidos desde março de 2023, voltem a fluir.
O mercado global de petróleo continua enfrentando aumento da oferta, aliado à desaceleração da demanda, impulsionado em parte pela rápida expansão dos veículos elétricos e pelas interrupções econômicas relacionadas às tarifas americanas. A Agência Internacional de Energia (AIE) observou em seu relatório mensal que a oferta mundial de petróleo deve crescer mais rapidamente este ano, com excedentes potencialmente crescentes em 2026, à medida que a produção da OPEP+ e de países não membros da OPEP aumenta.
Os riscos continuam elevados, com os comerciantes observando de perto as potenciais sanções da UE ao petróleo russo e quaisquer surtos de tensões no Oriente Médio.
Nos EUA, os estoques de petróleo bruto devem ter aumentado na semana passada, enquanto os estoques de gasolina e destilados provavelmente caíram, de acordo com uma pesquisa preliminar da Reuters.
As exportações de petróleo bruto da Arábia Saudita em julho caíram para o menor nível em quatro meses, de acordo com a Joint Organisations Data Initiative (JODI).
Enquanto isso, o Iraque — o segundo maior produtor de petróleo da OPEP — intensificou as exportações sob o acordo OPEP+, de acordo com a SOMO, empresa estatal de comercialização de petróleo.
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