Zamp conclui OPA da Mubadala e caminha para saída da bolsa de valores

Mubadala Capital assume 79,27% do capital social da Zamp após adquirir 97,8% das ações em circulação na oferta pública de aquisição (OPA), pagando R$3,50 por papel.

A Zamp S.A. (BOV:ZAMP3), operadora das redes Burger King e Popeyes no Brasil, anunciou nesta segunda-feira (08/09) a conclusão da oferta pública de aquisição (OPA) realizada por sua controladora, a Mubadala Capital. A gestora adquiriu 22,808 milhões de ações, equivalentes a 97,8% dos papéis em circulação no mercado, ao preço de R$3,50 por ação. Com a liquidação financeira prevista para 22 de setembro, a Mubadala passará a deter 322,564 milhões de ações, representando 79,27% do capital social da companhia.

O movimento marca um passo estratégico para a Mubadala, que já havia sinalizado em maio a intenção de fechar o capital da Zamp. A aprovação da OPA em agosto consolidou o caminho para a operação, que reforça o controle do fundo sobre a rede de fast-food, aumentando sua capacidade de investimento e planejamento de longo prazo.

A OPA foi interpretada pelo mercado como uma medida de fortalecimento da governança e de possível alinhamento estratégico para novos ciclos de expansão da companhia. Analistas avaliam que a retirada das ações da bolsa de valores pode dar mais flexibilidade à Zamp para ajustes internos, sem a pressão de resultados trimestrais imediatos.

No pregão desta segunda-feira (08/09), as ações da Zamp (ZAMP3) encerraram estáveis a R$3,44, em linha com o valor de fechamento da última sessão e levemente abaixo do preço da oferta. O papel acumulou, nos últimos 12 meses, variação próxima da mínima da faixa de 52 semanas (R$2,09), bem distante da máxima de R$3,69.

A Zamp opera no segmento de alimentação fora do lar, controlando marcas fortes no setor de fast-food, como Burger King e Popeyes. Sua principal concorrência no Brasil inclui players como McDonald’s (Arcos Dorados, NYSE:ARCO) e Subway, além de cadeias de alimentação local.

Com a operação concluída, investidores passam a especular sobre o futuro da companhia fora da bolsa de valores. O desfecho abre espaço para mudanças estratégicas e, possivelmente, novos ciclos de crescimento sem a pressão de curto prazo do mercado acionário.