PETR3 e PETR4 recuam no pregão brasileiro. PBR cai enquanto PBR.A sobe levemente nos EUA, em meio a movimento de petróleo e expectativa de licença ambiental.
O pregão desta terça-feira (14/10) apresentou variações discretas para a Petrobras (BOV:PETR4) | (BOV:PETR3) | (NYSE:PBR), com os investidores acompanhando de perto o desempenho dos preços do petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) e Brent (CCOM:OILBRENT), que recuaram 1,61% e 1,66%, respectivamente, pressionando levemente as ações da estatal.
Na B3, as ações ordinárias da Petrobras (BOV:PETR3) encerraram o dia em R$ 32,20, com mínima variação de 0,03% de queda, enquanto as preferenciais (BOV:PETR4) fecharam a R$ 30,06, recuando 0,56%. O movimento reflete uma correção moderada após recentes avanços do setor de energia.
Nos Estados Unidos, os ADRs da Petrobras (NYSE:PBR) caíram 0,25% a US$ 11,79, enquanto o PBR.A (NYSE:PBR.A) avançou 0,09% a US$ 11,08, evidenciando reação mista do mercado norte-americano frente aos preços internacionais do petróleo.
Comparando com outras petrolíferas globais, a Chevron (NYSE:CVX) registrou alta de 0,70% a US$ 153,00, enquanto a Exxon Mobil (NYSE:XOM) permaneceu estável a US$ 112,25. A ConocoPhillips (NYSE:COP) recuou 0,69% a US$ 88,17, mostrando que algumas concorrentes internacionais também sentiram pressão semelhante à da Petrobras.
No mercado brasileiro, companhias como PetroRio (BOV:PRIO3) caíram 2,70% a R$ 35,32, e PetroReconcavo (BOV:RECV3) recuou 1,32% a R$ 12,00, desempenho inferior ao da estatal, reforçando a relativa resiliência dos papéis da Petrobras na B3.
O recuo nos preços do petróleo no dia, com WTI a US$ 58,365 e Brent a US$ 62,195, impactou diretamente as expectativas do mercado em relação à estatal, mas o movimento de curto prazo se manteve limitado, enquanto investidores aguardam dados sobre produção e políticas de preço.
Internacionalmente, a TotalEnergies (EPA:TTE) avançou 1,34% a € 58,36, enquanto a BP (LSE:BP) recuou 1,81% a £ 33,09, evidenciando desempenho misto do setor global de exploração de petróleo.
Paralelamente ao mercado, a Petrobras (BOV:PETR3) | (BOV:PETR4) segue em fase decisiva para obter a licença ambiental do Ibama e iniciar a perfuração na Bacia da Foz do Amazonas, considerada estratégica para a expansão exploratória da empresa.
A presidente da estatal, Magda Chambriard, afirmou nesta terça-feira (14/10) que a reunião com o Ibama está marcada para quinta-feira (16) para esclarecer pendências e acelerar a concessão da licença.
Segundo a executiva, o contrato da sonda de perfuração vence no dia 21 de outubro, e caso a perfuração não seja iniciada até essa data, a unidade poderá ser retirada. “Essa sonda é rara no mundo, de última geração, e sua substituição exigiria reinício do processo de licenciamento”, destacou Chambriard.
A sonda representa um custo diário de R$4 ,2 milhões à Petrobras, reforçando a urgência para que a perfuração comece dentro do prazo estipulado. “Estamos otimistas, senão a sonda já teria sido retirada há muito tempo”, complementou a presidente.
O Ibama solicitou informações adicionais sobre planos de emergência e proteção à fauna, apesar de já ter aprovado um teste de resposta a emergências realizado em agosto, indicando ajustes antes da liberação definitiva da licença.
A exploração na Foz do Amazonas enfrenta desafios socioambientais relevantes, com resistência de grupos civis e órgãos governamentais, tornando o processo de licenciamento complexo e estratégico para a Petrobras.
Desde 2022, a estatal já investiu mais de R$ 1 bilhão em atividades ligadas ao licenciamento ambiental, incluindo R$ 543 milhões com o aluguel da sonda, R$ 327 milhões em embarcações e R$ 142 milhões em serviços aéreos, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Análise Técnica Petrobras
No fechamento desta terça-feira, PETR4 cotou-se a R$ 31,08 na B3, enquanto PETR3 apresentou leve queda, mantendo indicadores técnicos neutros ou de baixa, com suporte em R$ 29,87 e resistência em R$ 31,08. O estocástico sugere possível reversão de alta no curto prazo.
Destaques da Petrobras:
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Licença ambiental do Ibama pendente para iniciar perfuração na Foz do Amazonas.
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Prazo crítico da sonda de perfuração termina em 21 de outubro; custo diário R$ 4,2 milhões.
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Investimentos desde 2022 superam R$ 1 bilhão em licenciamento e logística.
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PETR4 fechou em R$31,08, com suporte em R$ 29,87 e resistência em R$ 31,08.
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Ibama solicitou ajustes nos planos de emergência e proteção à fauna antes da concessão da licença.
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