Alemanha confirma que inflação subiu para 2,4% em setembro

A inflação anual da Alemanha acelerou para 2,4% em setembro, conforme confirmou o Departamento Federal de Estatística (Destatis) em seu relatório final divulgado na terça-feira (14/10). O resultado representou uma leve alta em relação aos 2,2% observados em agosto, reforçando sinais de que a trajetória desinflacionária na maior economia da Europa segue em ritmo lento.

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Na comparação mensal, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou 0,2% em setembro. Já o Índice Harmonizado de Preços ao Consumidor (IPC-H) — que é o parâmetro usado pela União Europeia para comparar dados de inflação entre os países do bloco — também apresentou alta de 2,4% em relação ao mesmo período do ano anterior e um incremento mensal de 0,2%.

A inflação básica, que desconsidera alimentos e energia por serem itens mais voláteis, permaneceu em 2,8% no acumulado de 12 meses. Segundo o Destatis, “todos os números corresponderam à leitura preliminar”, confirmando que não houve revisão dos dados.

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O resultado consolida um quadro de moderação lenta dos preços na zona do euro, o que tende a manter o Banco Central Europeu (BCE) em posição de cautela quanto a eventuais cortes adicionais nas taxas de juros. Embora a inflação total esteja próxima da meta de 2%, o núcleo ainda elevado sugere que o processo de desinflação não está totalmente consolidado.

No contexto do mercado financeiro europeu, a leitura da inflação alemã pode provocar leve volatilidade nos títulos soberanos da Alemanha e influenciar a percepção de risco dos investidores na bolsa de valores de Frankfurt, onde o índice DAX (DBI:DAX) tende a reagir a perspectivas sobre política monetária e custos de financiamento.

Em meio ao ambiente global de juros altos e desaceleração econômica, o avanço da inflação na Alemanha reforça o tom de prudência dos mercados nesta terça-feira (14/10), que avaliam os próximos passos do BCE e seus possíveis reflexos sobre o euro e os rendimentos dos Bunds, os títulos públicos alemães.

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