
Commodity sustenta patamar de US$ 102 em Singapura. VALE3 encerra com leve alta enquanto VALE recua na NYSE nesta quinta-feira (18/12).
O mercado global de commodities metálicas demonstrou resiliência nesta quinta-feira (18/12). O setor de mineração, que monitora atentamente os passos da economia chinesa, encontrou suporte em fatores sazonais de demanda, mesmo diante de um cenário de volatilidade macroeconômica no Brasil. O desempenho do minério de ferro foi o grande fiel da balança, garantindo que as mineradoras brasileiras sustentassem patamares críticos de suporte no pregão de hoje.
No encerramento das negociações internacionais, o Minério de Ferro apresentou um comportamento misto entre as principais bolsas. Em Singapura, o contrato de referência para janeiro de 2026 fechou em alta de 0,85%, sendo negociado a US$ 102,50 por tonelada. Já na Bolsa de Dalian, na China, o contrato mais ativo para maio de 2026 registrou uma leve realização de lucros, recuando 0,20% para 761,5 iuanes (aproximadamente US$ 107,40).
Fatores que movimentaram o mercado de minério de ferro hoje:
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Reestocagem de Inverno: Siderúrgicas chinesas intensificaram a recomposição de estoques antes do feriado do Ano Novo Lunar de 2026, o que mantém a demanda aquecida no mercado à vista (spot).
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Planos de Infraestrutura: O anúncio de novos projetos de infraestrutura na Ásia para o próximo ano ajudou a conter as baixas provocadas pelo aumento sazonal da oferta.
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Cenário Brasileiro: A volatilidade dos juros futuros no Brasil e o dólar elevado criaram um ambiente de instabilidade, contrabalançando os ganhos vindos do exterior.
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Foco em Descarbonização: A estratégia da Vale de priorizar produtos de alto teor de ferro, como os briquetes, continua atraindo investidores focados em critérios ESG.
Refletindo esse cenário, as ações da Vale (BOV:VALE3) | (NYSE:VALE) apresentaram comportamentos distintos entre os mercados. Na B3, o papel VALE3 encerrou o dia em alta de 0,26%, cotado a R$ 70,35. O ativo abriu a R$ 70,60, atingiu a máxima de R$ 71,12 e a mínima de R$ 70,31, com uma variação absoluta positiva de R$ 0,18. Já na Bolsa de Nova York (NYSE), os papéis recuaram 0,31%, fechando a US$ 12,75, influenciados pelo ajuste cambial e pelo fechamento dos mercados globais.
No cenário doméstico, outra importante mineradora, a CSN Mineração (BOV:CMIN3), registrou queda de 0,72%, encerrando o dia cotada a R$ 5,48. O mercado segue acompanhando de perto o cronograma de investimentos da companhia, especialmente os projetos voltados para a expansão da capacidade de processamento de minério de itabirito.
No mercado australiano, as gigantes do setor apresentaram ganhos moderados, impulsionadas pela melhora dos volumes de exportação no final do trimestre. A Atlantic Lithium (ASX:ANALL) recuou 1,26%, fechando a 7,06 dólares australianos, enquanto o setor de minério puro seguiu mais firme com o suporte chinês.
No Reino Unido, as mineradoras listadas em Londres fecharam em território positivo. A Rio Tinto (LSE:RIO | NYSE:RIO) avançou 0,66% na bolsa britânica, enquanto a BHP (LSE:BHP | NYSE:BHP) registrou alta de 0,68%, refletindo o otimismo com a manutenção dos preços da commodity acima de US$ 100.
Na Europa, o setor siderúrgico e de mineração teve o suporte da ArcelorMittal (EU:MT) | (NYSE:MT), que avançou 1,31% na Euronext, embora tenha recuado levemente em seu ticker negociado nos Estados Unidos (-0,35%). As empresas europeias monitoram os custos de energia e a demanda por aço de baixo carbono para 2026.
Nos Estados Unidos, a Cleveland-Cliffs (NYSE:CLF) encerrou o dia praticamente estável com viés de alta (+0,31%), cotada a US$ 12,97. O setor norte-americano permanece atento às discussões sobre tarifas comerciais e proteção de mercado para o aço produzido localmente.
A relevância do minério de ferro para o mercado brasileiro é incontestável, sendo um dos principais motores do saldo comercial do país e da liquidez do Ibovespa. Acompanhar as variações diárias desta commodity é essencial para quem investe no setor de materiais básicos.
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