O Diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, afirmou nesta quarta-feira (15/10) que a autoridade monetária não precisa esperar uma grande mudança no mercado de trabalho para ganhar confiança na convergência da inflação à meta. Segundo ele, o cenário atual exige flexibilidade na análise de diferentes variáveis, já que o ciclo econômico apresenta particularidades que precisam ser consideradas.
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Nilton destacou que a condução da política monetária deve seguir avaliando fatores como a atividade econômica, as expectativas de inflação e o comportamento do crédito, sem depender exclusivamente dos dados do emprego. “Não é necessário esperar uma grande mudança no mercado de trabalho para ganhar confiança na convergência da inflação à meta”, reforçou o diretor.
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Em meio às especulações do mercado, o Banco Central negou qualquer sinal de gestão de swaps cambiais, reforçando que só intervém no câmbio em situações de disfuncionalidade. A autoridade monetária vem reiterando que não busca controlar o nível do câmbio, mas apenas garantir o bom funcionamento do mercado.
De forma descontraída, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também entrou no noticiário ao comentar sobre as relações internacionais. Em tom de brincadeira, disse que “não pintou química, pintou uma indústria petroquímica” na conversa com Donald Trump, indicando que haverá uma nova rodada de negociações nesta quinta-feira (16/10).
Nos mercados, o Ibovespa (BOV:IBOV) tenta sustentar a linha dos 142 mil pontos, enquanto o dólar à vista (FX:USDBRL) recua para R$ 5,44. Em Nova York, os principais índices de ações avançam, com destaque para o Nasdaq Composite (NASDAQI:COMPX), em alta de 0,7%. Na Europa, o movimento foi misto: o CAC 40 (EU:PX1) subiu 2%, impulsionado pelo otimismo político na França, enquanto outros índices fecharam sem direção única.
O tom mais cauteloso do Banco Central pode influenciar as expectativas de curto prazo para os contratos futuros de juros (BMF:DI1FUT) e para o comportamento do real no câmbio. Caso o discurso de Nilton seja interpretado como sinal de que o ciclo de cortes de juros está perto do fim, é possível que o mercado reprecifique parte das apostas de afrouxamento monetário, pressionando a curva de juros e a taxa de câmbio.
Por outro lado, o posicionamento de Lula sobre as negociações com Trump reforça a busca por estabilidade política e comercial. A continuidade das conversas entre Brasil e Estados Unidos pode favorecer o apetite ao risco e sustentar o desempenho positivo da bolsa de valores.
No contexto atual, o recuo do dólar e a tentativa do Ibovespa de se manter acima dos 142 mil pontos mostram que o mercado ainda avalia com otimismo o cenário interno. A fala de Nilton contribui para reduzir ruídos sobre política monetária e sustentar a percepção de que o Banco Central manterá uma postura técnica e prudente nas próximas decisões.
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