CVM suspende temporariamente determinação sobre refazer balanços da Marisa

Comissão de Valores Mobiliários concede efeito suspensivo ao recurso da Lojas Marisa (AMAR3), adiando exigência de correção de demonstrações financeiras de 2022 a 2025; ação opera em leve alta na bolsa de valores.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) concedeu efeito suspensivo ao recurso apresentado pela Lojas Marisa S.A. (BOV:AMAR3) contra a determinação de refazer suas demonstrações financeiras, conforme fato relevante divulgado nesta terça-feira (28/10). Com a decisão, os efeitos da exigência anterior, comunicada no início de outubro, ficam suspensos até que o mérito do recurso seja analisado.

A medida se refere às demonstrações financeiras de 2022 a 2025, que precisariam ser ajustadas para a constituição de provisões relacionadas a processos tributários de uma controlada indireta da Marisa, a M Serviços Ltda. A suspensão temporária traz maior previsibilidade para investidores e evita impactos imediatos sobre a percepção de risco da companhia.

No pregão desta quarta-feira (29/10), a ação AMAR3 registra cotação de R$1,20, alta de 0,84% em relação ao preço de abertura de R$1,19, com mínima de R$1,19 e máxima de R$1,21. O movimento sugere uma reação positiva do mercado à decisão da CVM, que diminui incertezas sobre ajustes contábeis significativos.

Lojas Marisa S.A. é uma das maiores varejistas de moda feminina no Brasil, atuando com uma rede de lojas físicas e e-commerce. A companhia concorre com outras varejistas como Renner (BOV:LREN3) e C&A, oferecendo produtos de vestuário, acessórios e artigos de moda com forte presença no segmento popular e médio.