O mercado de crédito privado brasileiro alcançou um marco histórico no terceiro trimestre de 2025, movimentando R$ 327 bilhões entre julho e setembro, segundo levantamento da Pop BR, precificadora de ativos da LUZ Soluções Financeiras. O volume, que inclui debêntures, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), representa alta de 21% em relação ao trimestre anterior e de 26% na comparação com o mesmo período de 2024.
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O crescimento veio acompanhado de uma forte expansão nas negociações. Foram registradas cerca de 1,2 milhão de operações no mercado secundário — onde investidores compram e vendem papéis já emitidos —, avanço de quase 10% em relação ao segundo trimestre. Entre elas, 592,4 mil envolveram debêntures, 372,5 mil CRAs e 238,8 mil CRIs.
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O destaque foi o salto no número médio de papéis por operação, especialmente nas debêntures. Enquanto no segundo trimestre cada transação envolvia cerca de 3.300 papéis, no terceiro o número subiu para 5.600. Para Aruã Torigoe Kalmus, analista da Pop BR e responsável pelo estudo, “esse movimento indica uma retomada da atuação de investidores institucionais, que tendem a realizar menos transações, porém com volumes significativamente maiores e estratégias mais sofisticadas”.
Embora investidores individuais possam acessar diretamente esses produtos, o mercado de crédito privado exige conhecimento técnico aprofundado. Avaliar riscos de crédito, garantias, estrutura de operação e fluxo de pagamentos é essencial para identificar oportunidades reais de investimento — o que faz muitos optarem por fundos especializados.
Os instrumentos de dívida, como debêntures, CRIs e CRAs, cumprem papel fundamental no financiamento da economia. As debêntures permitem que empresas captem recursos diretamente com investidores, enquanto os CRIs e CRAs — emitidos por securitizadoras — transformam recebíveis do setor imobiliário e do agronegócio em títulos negociáveis, lastreados por ativos como imóveis ou equipamentos.
O recorde de movimentação reforça a consolidação do mercado secundário de crédito privado como alternativa de investimento e de captação de recursos no Brasil. Com volumes crescentes, maior presença de investidores institucionais e operações mais robustas, o setor se consolida como uma via importante de diversificação de portfólios e de financiamento fora do sistema bancário tradicional.
No contexto atual, em que investidores buscam alternativas de rendimento além da renda fixa tradicional e do mercado de ações da B3, o avanço do crédito privado representa uma evolução relevante da estrutura de capital no país e deve seguir ganhando espaço no radar de investidores qualificados e de fundos multimercado.
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