Dow Jones, S&P e Nasdaq futuros sobem com impulso da Nvidia, expectativa de corte de juros e balanços da Big Tech

Investidores globais enfrentam um dia crucial nesta quarta-feira, 29 de outubro de 2025, com três importantes catalisadores prestes a moldar o sentimento do mercado: um corte na taxa de juros pelo Federal Reserve, uma enxurrada de balanços de grandes empresas de tecnologia e a visita diplomática do presidente norte-americano Donald Trump à Ásia, que pode levar a um encontro decisivo com Xi Jinping, da China.

Às 07h55 (horário de Brasília), os futuros do Dow Jones subiam 59 pontos ou +0,13%, enquanto os futuros do S&P 500 subiam 0,22% (+15,5 pontos) e os futuros do Nasdaq 100 avançavam 0,38% (+99,50 pontos). O tom cauteloso segue uma sequência de recordes em Wall Street, com os investidores equilibrando o otimismo em torno da inteligência artificial e as expectativas de uma política monetária mais frouxa.

Wall Street amplia alta, impulsionada pela Nvidia.

O impulso continuou com a Nvidia (NASDAQ:NVDA), que anunciou encomendas de US$ 500 bilhões para seus chips de IA e um contrato para construir sete supercomputadores para o Departamento de Energia dos EUA. As ações subiram quase 5%, colocando a Nvidia como a primeira empresa a atingir US$ 5 trilhões em valor de mercado, o que reforça seu domínio na alta do mercado impulsionada pela IA.

Resultados das grandes empresas de tecnologia em destaque

O foco agora se volta para os resultados de outras gigantes da tecnologia. Microsoft (NASDAQ:MSFT) , Meta Platforms (NASDAQ:META) e Alphabet (NASDAQ:GOOG) devem divulgar seus resultados após o fechamento do mercado hoje, seguidas por Apple (NASDAQ:AAPL) e Amazon (NASDAQ:AMZN) ainda esta semana.

Considerando sua capitalização de mercado coletiva, essas empresas influenciarão fortemente a direção das ações até o final do ano. Analistas esperam novidades sobre investimentos em IA e infraestrutura em nuvem, com as tendências de gastos provavelmente determinando até onde a atual alta pode ir.

Espera-se que o Fed corte as taxas de juros — o tom é mais importante do que a decisão.

O Federal Reserve encerra sua reunião de política monetária de dois dias ainda hoje, e os mercados esperam, em sua grande maioria, um corte de 25 pontos-base na taxa de juros, reduzindo a meta para a faixa de 3,75% a 4,00%.

Embora o corte em si seja amplamente esperado, os investidores estão se preparando para indícios da coletiva de imprensa do presidente Jerome Powell sobre a possibilidade de novas medidas de flexibilização em dezembro.

O banco central está trilhando um caminho delicado entre conter a inflação e apoiar o crescimento em meio à falta de dados devido à paralisação do governo americano, que limitou o acesso aos números do emprego. Apesar de uma leve alta nos preços ao consumidor em setembro, muitos analistas acreditam que a desaceleração dos dados de emprego justificou o retorno do Fed a uma postura mais acomodativa.

A viagem de Trump à Ásia aumenta as esperanças de uma redução das tensões.

Adicionando uma dimensão geopolítica ao dia de negociações, o Trump chegou à Coreia do Sul, onde se encontrou com o presidente Lee Jae Myung na cidade de Gyeongju. Trump insinuou progressos em direção a um entendimento comercial bilateral, embora ambos os lados tenham moderado as expectativas.

Todas as atenções estão voltadas para o encontro planejado entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping em Busan, na quinta-feira, que poderá marcar uma virada nas relações comerciais entre os EUA e a China. Trump afirmou que poderá considerar a possibilidade de reduzir as tarifas impostas aos produtos chineses em troca de um compromisso de Pequim de interromper as exportações de precursores do fentanil.

Ele também mencionou que os chips de IA Blackwell da Nvidia podem estar na agenda, um tópico ligado às restrições de exportação dos EUA que têm sido um ponto de atrito nas negociações entre as duas potências.

Ouro volta a ultrapassar os US$ 4.000

Entretanto, os preços do ouro voltaram a subir acima do patamar de US$ 4.000 por onça, após duas sessões de queda, impulsionados pelas expectativas de um corte na taxa de juros pelo Fed.

Durante a sessão asiática, o ouro à vista subiu 1,5%, para US$ 4.010,15, enquanto os contratos futuros de ouro nos EUA avançaram 1,0%, para US$ 4.023,84. O metal havia caído recentemente para seu menor nível em três semanas, à medida que a redução do risco geopolítico diminuiu a demanda por ativos de refúgio.

No entanto, as apostas em custos de empréstimo mais baixos reanimaram o sentimento, com os investidores aguardando o tom de Powell para avaliar se o Fed manterá sua postura mais flexível até 2026. Um dólar mais forte ou uma orientação mais agressiva poderiam, mais uma vez, limitar os ganhos do ouro.

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