FTSE 100 subiu 0,61% nesta quarta-feira, renovando máxima histórica. Massa monetária M4 cresce acima do esperado.

O dia também foi de crédito ao consumidor e aprovações de hipotecas no Reino Unido.

Na quarta-feira (29/10), o Reino Unido divulgou uma série de indicadores econômicos às 06:30 (horário de Londres), incluindo crédito ao consumidor BoE, massa monetária M3 e M4, aprovações de hipotecas, empréstimos hipotecários e empréstimos líquidos a indivíduos. Os resultados superaram as expectativas do mercado em quase todos os casos, sinalizando maior confiança no consumo e no setor imobiliário. O principal índice da bolsa de valores de Londres, o FTSE 100 (LSE:UKX), reagiu positivamente, fechando em alta de 0,61% a 9.756,14 pontos, impulsionado por balanços corporativos robustos, como o do HSBC. A libra esterlina (FX:GBPUSD), no entanto, recuou -0,0089 contra o dólar, refletindo cautela antes da decisão do Fed.

Crédito ao Consumidor BoE

O crédito ao consumidor BoE (Setembro) atingiu 1,491 bilhão de libras, ligeiramente abaixo da projeção de 1,749 bilhão, mas acima do resultado anterior de 1,3 bilhão. Esse aumento indica que os consumidores britânicos continuam dispostos a financiar gastos, apesar das pressões inflacionárias. Um crédito ao consumidor robusto costuma impulsionar setores de varejo e bens de consumo na bolsa de valores, enquanto eleva a demanda por libra no mercado de câmbio. No entanto, os rendimentos dos gilts (títulos do governo britânico) podem subir, refletindo expectativas de maior consumo e possível pressão sobre a inflação.

Massa Monetária M3 e M4

A massa monetária M3 (Setembro) alcançou 3.180,8 bilhões de libras, superando o resultado anterior de 3.162,7 bilhões, enquanto a M4 mensal cresceu 0,6%, acima da projeção de 0,1% e do anterior 0,4%. Esses números sugerem expansão da liquidez na economia britânica, um sinal positivo para o crescimento econômico. Mercados de ações, como o FTSE 100 (LSE:UKX), tendem a reagir bem a aumentos na massa monetária, pois indicam maior capacidade de consumo e investimento. No câmbio, a libra pode se valorizar, mas a pressão inflacionária implícita eleva os rendimentos dos gilts, atraindo investidores de renda fixa.

Aprovações de Hipotecas

As aprovações de hipotecas (Setembro) registraram 65,94 mil, superando a projeção de 64,00 mil e o resultado anterior de 64,96 mil. Esse aumento reflete confiança renovada no mercado imobiliário, mesmo com juros elevados. Setores imobiliário e bancário na bolsa de valores, como o HSBC, ganham com mais aprovações, enquanto a libra pode enfrentar volatilidade devido a expectativas de política monetária mais restritiva. Os gilts tendem a ver rendimentos estáveis ou em alta, já que o mercado imobiliário aquecido pode pressionar a inflação.

Empréstimos Hipotecários

Os empréstimos hipotecários (Setembro) atingiram 5,49 bilhões de libras, bem acima da projeção de 4,28 bilhões, indicando forte demanda por crédito imobiliário. Esse resultado reforça a recuperação do setor imobiliário britânico. A bolsa de valores reage positivamente, com ações de construtoras e bancos em alta, enquanto a libra pode se fortalecer no curto prazo. No mercado de títulos, os gilts podem experimentar aumento nos rendimentos, refletindo preocupações com inflação futura.

Empréstimos Líquidos a Indivíduos

Os empréstimos líquidos a indivíduos (Setembro) somaram 7,0 bilhões de libras, superando a projeção de 5,6 bilhões e o anterior de 6,0 bilhões. Esse crescimento robusto sinaliza confiança dos consumidores e empresas. A bolsa de valores, especialmente setores de consumo, tende a se beneficiar, enquanto a libra pode ganhar força no câmbio. No entanto, os rendimentos dos gilts sobem, já que o aumento do crédito eleva o risco inflacionário percebido.

Reação do Mercado

O FTSE 100 (LSE:UKX) fechou a 9.756,14 pontos, com alta de 0,61%, impulsionado por resultados corporativos positivos e indicadores econômicos acima das expectativas, especialmente a massa monetária M4 e os empréstimos hipotecários, que reforçam a confiança no consumo e no setor imobiliário. A libra esterlina (FX:GBPUSD), cotada a 1,3186, recuou -0,0089 contra o dólar, refletindo cautela antes da decisão do Fed às 15:00 (horário de Brasília). No câmbio local, a paridade GBP/BRL está em R$ 7,07, com queda de -0,764%, pressionada pela força do real e expectativas globais.

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