Governo proíbe Banco Master de conceder crédito consignado a aposentados e pensionistas diante de reclamações

O governo proibiu o Banco Master de conceder empréstimos consignados a aposentados e pensionistas diante do “volume expressivo” de reclamações. Em comunicado divulgado nesta sexta-feira (10/10), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informou que não renovou o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) que autorizava a instituição financeira de Daniel Vorcaro a iniciar novas operações da modalidade.

A decisão tem caráter preventivo e seguirá em vigor até a conclusão de apurações em andamento, de acordo com a nota.

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O INSS também condiciona uma eventual reversão da revogação ao “atendimento integral à legislação e aos regulamentos que disciplinam o crédito consignado”.

Com a medida, o INSS instruiu o Dataprev a cancelar os acessos do Master aos ambientes operacionais do consignado.

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De acordo com o órgão, o processo levou em consideração os múltiplos relatos de dificuldades para cancelamento, cobranças indevidas e operações não reconhecidas. Também foram identificados indícios de descumprimentos de parâmetros normativos como exigência de autorização expressa, autenticação biométrica, guarda adequada de documentos e responsabilidade pela atuação de correspondentes bancários.

“O credenciamento do Banco Master S.A. poderá ser reavaliado após a conclusão das apurações mencionadas e a apresentação de comprovação de conformidade integral às normas aplicáveis”, afirma o INSS.

A proibição representa mais um revés para o banco, que vem correndo contra o tempo para se capitalizar.

O Banco Central negou a venda do Bluebank, subsidiária do Master, para Maurício Quadrado, como mostrou na quinta-feira (09/10) o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

A autoridade monetária já havia rejeitado a oferta do Banco de Brasília pelo Master por falta de “viabilidade econômica”.

Essa decisão deve impactar a percepção do mercado sobre a solvência e a gestão do Banco Master, podendo gerar pressão sobre suas ações e operações financeiras. Investidores devem acompanhar com atenção os desdobramentos da apuração e eventuais medidas corretivas que o banco venha a adotar.

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