
Curva de juros registra movimento misto: contratos curtos estáveis e vértices longos registram queda, acompanhando cenário externo e liquidez reduzida.
O mercado de juros futuros brasileiro fechou nesta sexta-feira (31/10) com um viés misto na curva de juros, refletindo a cautela dos investidores diante do cenário externo e a liquidez reduzida por conta do feriado de Dia de Finados na segunda-feira (03/11). Enquanto os contratos de curto prazo operaram próximos da estabilidade, os vértices longos da curva de juros registraram queda expressiva, mostrando sensibilidade ao cenário fiscal e à alta nos rendimentos dos Treasuries nos Estados Unidos.
Destaques positivos e negativos
Entre os contratos com melhor desempenho, os contratos com vencimento em janeiro de 2026 (BMF:DI1F26) tiveram leve alta de 0,03%, fechando a 14,895%. Já os contratos mais longos registraram as maiores quedas:
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Contratos com vencimento em janeiro de 2027 (BMF:DI1F27): -0,50%, fechando a 13,855%.
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Contratos com vencimento em janeiro de 2028 (BMF:DI1F28): -0,76%, fechando a 13,14%.
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Contratos com vencimento em janeiro de 2029 (BMF:DI1F29): -0,87%, fechando a 13,08%.
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Contratos com vencimento em janeiro de 2030 (BMF:DI1F30): -0,86%, fechando a 13,23%.
Esses movimentos mostram que os vértices longos da curva de juros continuam mais sensíveis às incertezas fiscais e externas.
Contratos de curto e médio prazo mais negociados
Os contratos de DI Futuro de curto e médio prazo seguem como os mais líquidos do mercado, com destaque para o DI1F26 – janeiro de 2026 (BMF:DI1F26), que registrou volume de 675.190 contratos negociados. O fluxo intenso reforça a importância desses vencimentos para calibrar expectativas de política monetária no curto prazo, refletindo a percepção do mercado sobre a estabilidade da Selic e da inflação.
Contratos de longo prazo mais negociados
Nos vértices longos, os contratos de DI Futuro continuam sensíveis ao cenário fiscal e político. Entre os mais negociados destacam-se:
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DI1F27 – janeiro de 2027 (BMF:DI1F27): 596.636 contratos.
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DI1F28 – janeiro de 2028 (BMF:DI1F28): 410.903 contratos.
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DI1F29 – janeiro de 2029 (BMF:DI1F29): 323.829 contratos.
O movimento desses vencimentos reflete a atenção dos investidores ao fluxo de capital estrangeiro e às perspectivas fiscais de médio e longo prazo.
Fatores que movimentaram os juros futuros
O mercado brasileiro de juros futuros foi influenciado por fatores externos e internos. Nos Estados Unidos, os rendimentos dos Treasuries subiram após declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que indicou que futuros cortes de juros em dezembro “não são garantidos”. O título americano de 10 anos encerrou com rendimento de 4,093%, pressionando os vértices longos da curva brasileira.
Internamente, a divulgação de dados de emprego dentro do esperado e a percepção de que a inflação está controlada contribuíram para o recuo das taxas mais longas. A liquidez reduzida pelo feriado prolongado também intensificou a volatilidade, enquanto os contratos curtos permaneceram relativamente estáveis.
O pregão desta sexta-feira (31/10/2025) demonstrou que os juros futuros seguem influenciados pelo cenário externo, pela política monetária americana e pelas condições internas de liquidez e fiscalidade. Investidores devem acompanhar de perto a evolução dos vértices da curva de juros e todos os vencimentos do DI Futuro, principalmente nos próximos dias de maior fluxo.
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