Mercados globais operam de lado antes de decisão do Fed e encontro entre EUA e China

O otimismo moderado com o alívio geopolítico e a expectativa por corte de juros nos EUA sustentam o apetite por risco nos mercados internacionais nesta terça-feira (28/10).

Os índices futuros dos Estados Unidos abriram próximos da estabilidade no pré-mercado desta terça-feira (28/10), refletindo a cautela dos investidores antes de uma semana decisiva para a política monetária e a diplomacia global. Na véspera, o S&P 500, o Nasdaq e o Dow Jones encerraram o pregão em novas máximas históricas, impulsionados pelo alívio nas tensões comerciais entre Washington e Pequim e pela expectativa de que o Federal Reserve anuncie um corte de juros na reunião de amanhã.

O clima mais ameno nos mercados internacionais é sustentado pela agenda intensa dos próximos dias. O presidente americano, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, devem se reunir nesta quinta-feira na Coreia do Sul, em um encontro considerado crucial para selar avanços nas negociações comerciais. Antes disso, Trump faz paradas em Tóquio, onde se encontra com empresários e com a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, buscando reforçar alianças na Ásia.

Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retorna ao Brasil após compromissos no exterior, com um discurso de “missão cumprida” nas negociações comerciais que buscam uma reaproximação com os Estados Unidos. As tratativas para revisar o “tarifaço” bilateral voltaram à mesa e são vistas com otimismo pelos investidores brasileiros, que também reagem positivamente às expectativas de um corte de juros nos EUA — movimento que pode aliviar a pressão sobre o câmbio e impulsionar o Ibovespa.

O ambiente de risk-on se mantém como tema central nas mesas de operação globais, embora analistas recomendem prudência diante da volatilidade típica de períodos de decisão do Federal Reserve. O dólar opera com leve baixa frente às principais moedas, enquanto o mercado de commodities reflete ajustes pontuais após recentes altas.

Na Europa, os principais índices registram leves quedas pela manhã, acompanhando o movimento de correção após ganhos consecutivos. O DAX, na Alemanha, recua 0,47%, o CAC 40, na França, cede 0,25%, e o STOXX 600 perde 0,34%. O FTSE 100 do Reino Unido é exceção, com alta marginal de 0,05%, sustentada por ações do setor de energia.

Na Ásia, os mercados encerraram o pregão em campo negativo, refletindo a cautela pré-reunião entre EUA e China. O Nikkei caiu 0,58%, o Hang Seng recuou 0,33% e o Shanghai SE perdeu 0,22%. O minério de ferro, por outro lado, avançou 1,93% em Dalian, a 792,50 iuanes (US$ 111,46), mantendo o otimismo sobre a demanda industrial chinesa.

Entre as commodities, o petróleo opera em queda. O WTI recua 1,66%, cotado a US$ 60,29 o barril, enquanto o Brent cai 1,71%, a US$ 64,50. Já o Bitcoin registra leve baixa de 0,48%, negociado a US$ 114.403,00, após uma sequência de ganhos recentes.

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