Contratos futuros de minério de ferro caem em Dalian e Cingapura; Vale fecha em leve baixa na B3 e na NYSE
O mercado de minério de ferro registrou recuo nesta terça-feira (14/10), refletindo uma combinação de realização de lucros após a valorização recente e preocupações com aumento da oferta global. O contrato mais negociado na Bolsa de Dalian fechou em 782 iuanes por tonelada métrica, equivalente a aproximadamente US$109,55, apresentando queda de 2,07% em relação ao fechamento anterior. Em Cingapura, o contrato futuro de 62% de pureza fechou em US$105,55, recuando 2,08%.
A Vale (BOV:VALE3) | (NYSE:VALE) refletiu o desempenho negativo do minério, encerrando o pregão na B3 com PETR4 a R$59,74 (-0,02%), enquanto na NYSE o ADR VALE caiu 0,54%, cotado a US$10,95. Apesar da leve retração, a ação ainda se mantém em níveis próximos às máximas recentes, mostrando resiliência frente à volatilidade dos preços do minério.
O desempenho da Vale hoje foi inferior ao observado em algumas mineradoras internacionais. A BHP (ASX:BHP) avançou 1,27% em seu fechamento na Austrália, enquanto a Cleveland Cliffs (NYSE:CLF) subiu 0,14% nos Estados Unidos, beneficiando-se de expectativas de recuperação da demanda por aço no médio prazo. Já a ArcelorMittal (MT) na Alemanha recuou 1,53%, em linha com o movimento negativo do minério na Ásia.
Na China, a maior consumidora global de minério de ferro, o recuo nos preços refletiu o ajuste sazonal na demanda por aço, além de movimentos de realização de lucros por parte de investidores. A disputa comercial entre China e Estados Unidos adicionou uma camada extra de cautela, embora o impacto sobre o frete do minério tenha sido limitado.
Na Austrália, a BHP (ASX:BHP) reportou ganhos modestos, acompanhando a valorização das commodities metálicas e a expectativa de novas exportações. A Rio Tinto (LSE:RIO) fechou praticamente estável, mostrando que a oscilação de preços de minério de ferro impacta de forma distinta cada mineradora, dependendo de sua exposição ao mercado chinês e estratégias de hedge.
Nos Estados Unidos, a Cleveland Cliffs (NYSE:CLF) se beneficiou do cenário positivo para a indústria siderúrgica doméstica, conseguindo conter os efeitos da queda do minério. A Exxon Mobil (NYSE:XOM), embora não ligada diretamente ao minério, é monitorada pelos investidores como barômetro de commodities, mas fechou estável hoje.
Entre as mineradoras brasileiras, a CSN Mineração (BOV:CMIN3) subiu 0,53%, mostrando que algumas empresas conseguiram neutralizar a pressão negativa sobre o setor com estratégias de exportação e contratos de longo prazo. Já empresas menores ou mais expostas a custos flutuantes, como a Atlantic Lithium (CCOM:ALL), registraram alta modesta de 1,12%.
O mercado segue atento ao desempenho do minério de ferro e suas repercussões na B3, na NYSE e em outras bolsas internacionais. A volatilidade deve permanecer, dada a sensibilidade do setor à oferta global, demanda chinesa e movimentações de grandes mineradoras. Investidores interessados em acompanhar a cotação da Vale e outras ações do setor podem monitorar em tempo real através da Central de Commodities da ADVFN.
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