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Os indicadores econômicos do Japão movimentaram a quinta-feira (09/10), com destaque para o Índice de Preços de Bens Corporativos (CGPI) e o volume de Empréstimos Bancários, ambos divulgados às 20h50, além do índice de confiança do consumidor PCSI da Thomson Reuters/IPSOS, divulgado às 23h00. Os números vieram mistos, com a inflação ao produtor levemente acima do esperado e a confiança caindo, o que resultou em uma reação negativa da bolsa de valores japonesa, com o Nikkei 225 (INDEX:NKY) encerrando a sexta-feira (10/10) em queda de 1,01%, aos 48.088,80 pontos.
O CGPI subiu 0,3% em setembro, superando a Projeção de 0,1% e revertendo a queda de 0,2% em agosto. Na comparação anual, o índice manteve alta de 2,7%, acima da estimativa de 2,5%, indicando pressões inflacionárias persistentes no atacado japonês. Esse resultado reforça a cautela do Banco do Japão (BoJ), que vem avaliando cuidadosamente o momento ideal para ajustes em sua política monetária ultraexpansionista.
O Empréstimo Bancário, por sua vez, apresentou avanço de 3,8% em setembro, ligeiramente acima da Projeção de 3,7% e também superior ao 3,5% anterior, sugerindo expansão no crédito corporativo e sustentação na atividade econômica, mesmo com o iene fraco pressionando custos de importação.
Já o PCSI da Thomson Reuters/IPSOS, indicador de confiança do consumidor japonês, caiu de 37,26 para 35,21 pontos em outubro, mostrando desaceleração do otimismo das famílias, em linha com o impacto da inflação e do enfraquecimento do poder de compra.
A reação dos mercados foi predominantemente negativa. O Nikkei 225 (INDEX:NKY) caiu 1,01%, refletindo a piora no sentimento doméstico e as preocupações com a inflação. No câmbio, o iene japonês (FX:USDJPY) se valorizou levemente frente ao dólar, cotado a ¥152,61 por dólar (-0,36%), e também ganhou força sobre o euro (FX:EURJPY) e a libra (FX:GBPJPY).
Os resultados reforçam o dilema do Banco do Japão entre manter estímulos para sustentar o crescimento ou iniciar um processo de normalização monetária para conter pressões inflacionárias.
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