Lucro da Novartis cresce 25% no 3º trimestre com alta demanda por terapias

A Novartis AG (NYSE:NVS) divulgou na terça-feira (28) resultados robustos para o terceiro trimestre de 2025, com vendas e lucros mais altos, impulsionados pela forte demanda por suas principais terapias e avanços em programas de pesquisa em estágio avançado. A gigante farmacêutica suíça também reafirmou sua perspectiva para o ano inteiro.

O lucro operacional aumentou 27% a taxas de câmbio constantes, para US$ 4,5 bilhões, impulsionado por receitas mais altas e menos perdas, parcialmente compensadas pelo aumento dos gastos com P&D. O lucro líquido aumentou 25%, para US$ 3,9 bilhões, enquanto o lucro por ação atingiu US$ 2,04, representando um aumento de 31% em relação ao ano anterior a taxas de câmbio constantes.

As vendas líquidas aumentaram 8%, para US$ 13,9 bilhões (7% a câmbio constante), refletindo a força contínua nos tratamentos de oncologia, neurologia e imunologia. O lucro operacional principal aumentou 7% a taxas constantes, para US$ 5,5 bilhões, mantendo uma margem saudável de 39,3%, enquanto o fluxo de caixa livre cresceu 4%, para US$ 6,2 bilhões.

“A Novartis apresentou um desempenho financeiro sólido no terceiro trimestre, mais do que compensando o impacto da crescente erosão dos genéricos nos EUA”, afirmou o CEO Vas Narasimhan em um comunicado.

“Nossos principais impulsionadores de crescimento apresentaram bom desempenho, incluindo Kisqali, Kesimpta, Pluvicto e Scemblix. Continuamos no caminho certo para atingir nossa projeção para 2025 e no médio prazo.”

Nos primeiros nove meses de 2025, as vendas líquidas atingiram US$ 41,2 bilhões, um aumento de 11% tanto em moeda declarada quanto em moeda constante. O lucro operacional aumentou 31%, para US$ 14 bilhões, enquanto o lucro líquido avançou 29%, para US$ 11,6 bilhões. O lucro operacional principal totalizou US$ 17 bilhões, um aumento de 18%, e o fluxo de caixa livre aumentou 26%, para US$ 15,9 bilhões.

O impulso do produto continuou sendo um importante impulsionador do crescimento:

• O medicamento para câncer de mama Kisqali saltou 68% para US$ 1,33 bilhão, com um aumento de 91% nas vendas nos EUA.
• O tratamento para esclerose múltipla Kesimpta subiu 44%, para US$ 1,22 bilhão.
• O tratamento com radioligantes Pluvicto aumentou 45%, para US$ 564 milhões.
• O medicamento para leucemia Scemblix avançou 95%, para US$ 358 milhões.
• A terapia de colesterol Leqvio ganhou 54%, para US$ 308 milhões.
• O Fabhalta, usado para doenças raras nos rins e no sangue, subiu 236%, para US$ 149 milhões.
• O tratamento autoimune Cosentyx permaneceu estável em US$ 1,7 bilhão.

A Novartis continuou expandindo seu pipeline, fechando um acordo para adquirir a Tourmaline Bio, desenvolvedora de um anticorpo anti-IL-6 para doenças cardiovasculares. Também aprofundou as colaborações de pesquisa com a Monte Rosa Therapeutics, a Argo Biopharma e a Arrowhead Pharmaceuticals para fortalecer seu portfólio de imunologia e terapia de RNA.

Em termos de capital, a empresa concluiu uma recompra de ações de US$ 15 bilhões e iniciou um novo programa de US$ 10 bilhões, recomprando 66,4 milhões de ações por US$ 7,5 bilhões durante o período. A dívida líquida aumentou para US$ 20,4 bilhões em 30 de setembro de 2025, de US$ 16,1 bilhões no final de 2024, devido a dividendos, recompras e aquisições.

O grupo farmacêutico reiterou sua projeção para 2025, prevendo um aumento nas vendas líquidas a uma taxa de um dígito alto e um crescimento da receita operacional básica na casa dos 15%. Observou também que os efeitos cambiais devem ser neutros a ligeiramente positivos para as vendas e um impacto negativo de 2 pontos percentuais na receita operacional básica, caso as tendências cambiais atuais persistam.

A Novartis AG também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:N1VS34).

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