
O Índice de Confiança da Construção (ICST) do FGV IBRE recuou 0,7 ponto em outubro, para 91,6 pontos, revertendo a alta registrada no mês anterior. Na média móvel trimestral, o indicador também mostrou leve enfraquecimento, com queda de 0,4 ponto — sinal de que o setor perdeu ritmo após um breve avanço no terceiro trimestre.
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“De fato, a sondagem de outubro não captou qualquer mudança positiva na percepção das empresas. Assim, o Índice de confiança retornou ao patamar de agosto, puxado pelas expectativas que não sustentaram o crescimento do mês anterior. Na comparação com setembro, o sinal positivo veio do indicador de evolução recente da atividade, que engatou duas melhoras consecutivas, sugerindo retomada. Mas, em relação ao início do ano, houve redução do ritmo de crescimento. Na comparação interanual, há uma piora expressiva do cenário setorial, com as expectativas sofrendo maior revés. Um movimento observado nos três segmentos setoriais. Assim, o ano caminha para fechar com menor crescimento, mas com um mercado de trabalho que permanece bastante aquecido”, afirmou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.
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A queda do ICST foi motivada exclusivamente pela piora das expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) manteve-se estável em 91,9 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 1,4 ponto, para 91,5 pontos. Dentro do ISA-CST, houve sinais mistos: o indicador de situação atual dos negócios recuou 0,5 ponto, para 91,4, e o de volume de carteira de contratos avançou 0,5 ponto, atingindo 92,3. Já no IE-CST, o indicador de demanda prevista para os próximos três meses caiu 0,9 ponto (para 93,1), e o de tendência dos negócios nos próximos seis meses recuou 1,8 ponto, para 89,9.
Apesar da piora no sentimento, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da construção avançou 1,2 ponto percentual (p.p.), alcançando 80,0%. Tanto o NUCI de Mão de Obra quanto o de Máquinas e Equipamentos mostraram aumento — de 1,3 e 0,5 p.p., respectivamente — chegando a 81,7% e 74,2%.
A piora da confiança na construção tende a refletir um cenário de cautela entre incorporadoras e construtoras listadas na B3, como MRV (BOV:MRVE3), Cyrela (BOV:CYRE3) e Eztec (BOV:EZTC3). A desaceleração das expectativas pode afetar o ritmo de lançamentos e a valorização das ações do setor, embora o nível ainda elevado de utilização da capacidade e o emprego aquecido indiquem resiliência no curto prazo.
No contexto atual do mercado financeiro, o resultado do ICST reforça a percepção de que o ciclo de juros mais altos ainda pesa sobre a atividade do setor, que depende fortemente do crédito e do comportamento da renda. A leitura de outubro serve como alerta para investidores acompanharem de perto os próximos indicadores de confiança e atividade, que podem influenciar as perspectivas para as ações ligadas à construção civil.
(fgv)
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