
Com produção recorde no 3T25 e preços do petróleo em leve recuperação, ações da estatal brasileira mostram resiliência, mas expectativas de dividendos menores pesam no humor dos investidores.
Em um pregão marcado por cautela global nesta quarta-feira (29/10), as ações da Petrobras (BOV:PETR4) | (BOV:PETR3) | (NYSE:PBR) | (NYSE:PBR.A) apresentaram desempenho misto na B3 e na NYSE, refletindo a dinâmica volátil do mercado de commodities e as expectativas em torno dos resultados do terceiro trimestre. Enquanto as ações preferenciais PETR4 fecharam em leve alta de 0,20%, cotadas a R$ 30,05, as ordinárias PETR3 recuaram 0,38% para R$ 31,88, com volumes robustos de 24,8 milhões e 9,6 milhões de ações negociadas, respectivamente. Esse cenário sugere uma preferência por papéis com maior liquidez e foco em dividendos, em meio a um Ibovespa que testou novas máximas históricas.
Do outro lado do Atlântico, as ADRs da Petrobras na NYSE também exibiram sinais divididos: a PBR avançou modesto 0,17% para US$ 11,89, com alto volume de 23,1 milhões de ações, enquanto a PBR.A, que representa as ordinárias, caiu ligeiramente 0,09% para US$ 11,20, negociada em 6,2 milhões de unidades. Essa estabilidade relativa nas ADRs contrasta com a volatilidade doméstica, impulsionada por fluxos internacionais que buscam exposição a emergentes, mas com freios de riscos geopolíticos e fiscais no Brasil.
A comparação com os preços do petróleo revela uma correlação positiva, mas não linear, para a Petrobras hoje. O Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) subiu 0,80% para US$ 60,625 por barril, e o Óleo Brent (CCOM:OILBRENT) ganhou 0,88% para US$ 64,425, impulsionados por estoques menores nos EUA e otimismo com negociações comerciais EUA-China. Apesar da leve recuperação, esses ganhos modestos ajudaram a sustentar a PETR4, mas não foram suficientes para evitar a pressão vendedora na PETR3, que é mais sensível a preocupações com governança e regulação local.
Um dos principais catalisadores para o desempenho da Petrobras nesta quarta-feira foi o anúncio de produção recorde no terceiro trimestre de 2025, com média de 3,14 milhões de barris de óleo equivalente por dia, alta de 17,3% ante o mesmo período de 2024. Esse marco, impulsionado por eficiência em campos como Tupi e Búzios, reacendeu otimismo entre analistas, que veem potencial para exportações recorde de 814 mil barris/dia, com foco na Ásia. No entanto, a notícia veio temperada por expectativas de dividendos menores em 2025, projetados em yield de 11-14% pelo Itaú BBA e XP, abaixo dos picos de 2024, o que pode explicar a seletividade dos investidores.
Além da produção, a estatal avançou na agenda estratégica com a licença do Ibama para exploração na Margem Equatorial, um projeto controverso que pode adicionar R$ 1 trilhão à economia brasileira até 2033, segundo a presidente Magda Chambriard. Essa aprovação gerou debates ambientais, mas reforçou a visão de longo prazo, com investimentos previstos de US$ 110 bilhões no plano 2025-2029, priorizando upstream. Paralelamente, negociações para novas plataformas com a SBM e um plano de demissão voluntária para 1.000 funcionários sinalizam eficiência operacional, mas também alertas sobre custos e transição energética.
Ao comparar com pares internacionais do setor de óleo e gás, a Petrobras teve um dia misto, superando algumas gigantes em resiliência, mas ficando atrás de outras. A Exxon Mobil (NYSE:XOM) brilhou com alta de 1,41% para US$ 116,65, beneficiada por sua dominância no Permian Basin e buybacks de US$ 20 bilhões anuais. A Chevron (NYSE:CVX) seguiu na mesma toada, avançando 0,81% para US$ 155,375, graças à integração da Hess e corte de capex em US$ 2 bilhões para 2025. Já a Shell (NYSE:SHEL) ganhou 0,64% para US$ 75,55, enquanto a TotalEnergies (NYSE:TTE) subiu 0,26% para US$ 62,22 – todas com yields estáveis em torno de 4-5%, contrastando com os 11-14% projetados para a Petrobras, mas com menor exposição a riscos emergentes.
A ConocoPhillips (NYSE:COP), mais focada em upstream, teve ganho modesto de 0,64% para US$ 87,3463, similar à PBR, mas a Equinor (NYSE:EQNR) performou melhor com 0,79% para US$ 24,28, graças a diversificação em renováveis. No lado europeu, a ENI (BIT:E) mal se mexeu, subindo só 0,05% para € 37,14, enquanto a BP (NYSE:BP) avançou 0,64% para US$ 35,20 na NYSE, mas sua contraparte LSE:BP subiu 1,81% para £ 441,55. A Petrobras, portanto, saiu-se melhor que a ENI e em linha com BP e Conoco, mas perdeu para Exxon, Chevron e Equinor, que contam com balanços mais robustos e menor interferência governamental.
- Produção Record: Alta de 17,3% no 3T25 impulsiona otimismo exportador.
- Margem Equatorial: Licença Ibama abre R$ 1T em receitas potenciais até 2033.
- Dividendos: Yield projetado 11-14%, mas menor que 2024 pressiona PETR3.
- Petróleo em Alta: WTI +0,80% e Brent +0,88% sustentam PETR4.
- Eficiência Operacional: Demissões voluntárias para 1.000 e novo plano de US$ 110B.
Para quem acompanha o setor de energia, o dia da Petrobras reforça sua posição como play de alto rendimento em commodities, mas com volatilidade inerente a emergentes. Investidores da B3 e NYSE devem ficar atentos aos balanços do 3T, previstos para 6 de novembro, que podem catalisar movimentos maiores.
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Análise Técnica Petrobras – PETR4
Após o pregão de terça-feira (29/10), as ações da Petrobras (BOV:PETR4) encerraram cotadas a R$ 30,05, com leve alta de 0,20%. O papel oscilou entre R$ 28,86 e R$ 30,16 ao longo do dia, mantendo-se abaixo da resistência técnica de R$ 30,35. A formação de candlestick do dia anterior indicou padrões de reversão altista — “Linha de Confiança” e “Fundo Único de Três Rios” — sinalizando possível retomada de força compradora. No entanto, os indicadores técnicos permanecem mistos: apenas 3 dos 13 analisados apontam alta, enquanto outros 3 indicam baixa e 7 seguem neutros, refletindo um cenário de indefinição no curto prazo.
A análise de suportes e resistências mostra que PETR4 está em uma zona crítica. Caso o ativo rompa a resistência de R$ 30,35, poderá buscar os próximos alvos em R$ 30,72 e R$ 31,08, com potencial de atingir até R$ 32,94 em movimentos mais amplos. Por outro lado, se perder o suporte de R$ 29,69, o papel pode testar R$ 29,47 e R$ 29,31, com risco de queda até R$ 28,57. O volume negociado de R$ 746 milhões reforça o interesse institucional, mas o campo de tendência ainda é neutro, exigindo cautela dos investidores.
Todas as análises técnicas apresentadas neste artigo foram obtidas por meio da ferramenta Scanner ADVFN, uma plataforma avançada que permite acompanhar em tempo real o comportamento de ações, identificar padrões de candlestick, suportes e resistências, e interpretar diversos indicadores técnicos de forma prática e confiável. Ao utilizar o Scanner ADVFN, investidores têm a vantagem de visualizar rapidamente quais ativos estão em tendência de alta ou baixa, monitorar sinais de reversão e tomar decisões mais informadas, sem depender apenas da intuição. A ferramenta também facilita comparações entre diferentes períodos e ativos, oferecendo um panorama completo do mercado de ações da bolsa de valores, tornando a análise mais eficiente e acessível tanto para investidores iniciantes quanto para profissionais experientes.
Possíveis estratégias de trade com PETR4 para quinta-feira (30/10)
Para o pregão de quarta-feira (30/10), os traders devem observar atentamente o comportamento de PETR4 em relação à resistência de R$ 30,35. Um rompimento com volume acima da média pode configurar entrada compradora com alvo em R$ 30,72 e stop abaixo de R$ 29,90. A presença de padrões altistas recentes reforça essa possibilidade, embora os indicadores ainda não estejam alinhados em sua maioria.
Caso o ativo não consiga romper a resistência e volte a perder o suporte de R$ 29,69, estratégias de venda podem ser consideradas, com alvos em R$ 29,47 e R$ 29,31. O uso de stops curtos é recomendado, dado o cenário técnico neutro e a ausência de sinal claro de reversão nos principais indicadores. O Parabólico SAR e a média móvel de 5 períodos sugerem viés altista, mas o HILO e o momento negativo pedem atenção redobrada. O dia promete ser decisivo para definir a direção do papel.
Aviso ao Investidor! A análise técnica apresentada neste artigo é exclusivamente para fins informativos e educacionais, com base em dados extraídos da ferramenta Scanner ADVFN. Não constitui recomendação ou oferta de compra ou venda de qualquer ativo financeiro. Investimentos envolvem riscos, e decisões devem ser tomadas com base em avaliação própria ou consulta a profissionais financeiros qualificados. A ADVFN e os autores não se responsabilizam por perdas, danos (diretos, indiretos ou incidentais), custos ou lucros cessantes decorrentes do uso destas informações. O desempenho passado não garante resultados futuros. Invista com cautela e responsabilidade.
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