Brent cai mais de 7 % na semana e acumula maior retração em meses. Com anúncio da Opep+ e excesso de oferta, cotação do petróleo recua acentuadamente entre 29 de Setembro e 3 de Outubro.
A semana que vai de segunda-feira (29/09) a sexta-feira (03/10) foi marcada por um recuo expressivo nas cotações do petróleo, refletindo um cenário global de ajuste de oferta e cautela em relação à demanda. Os contratos futuros do Brent (CCOM:OILBRENT) registraram uma queda significativa, acompanhados pelo WTI (CCOM:OILCRUDE), em ambas as referências com perdas superiores a 7 %. Esse movimento evidencia o peso do excesso de oferta e dos receios macroeconômicos no mercado de energia.
No fechamento semanal, o Brent teve variação negativa superior a 7 %, sendo considerado uma das maiores perdas semanais recentes, enquanto o WTI também registrou desempenho negativo expressivo. Mesmo com alta no último dia, o acumulado foi fortemente negativo, com a cotação revertendo ganhos pontuais. O movimento ilustra como a dinâmica de commodities pode ser abrupta quando expectativas de oferta se sobrepõem à demanda.
Entre os fatores que pesaram sobre o mercado, destaca-se a decisão da Opep+, que sinalizou para aumento de produção a partir de novembro, com incremento de até 137 mil barris por dia, ampliando a percepção de pressões de oferta. Também colaboraram as incertezas sobre o crescimento econômico global e dados tímidos em relação ao consumo energético em algumas regiões.
Adicionalmente, nos mercados internacionais, as expectativas de estoques elevados, problemas logísticos e manutenção de refinarias contribuíram para limitar a alta da commodity durante a semana. A correção técnica também se manifestou, com investidores aproveitando o movimento para ajustes de posição.
No caso da Petrobras (BOV:PETR3) | (BOV:PETR4) | (NYSE:PBR) | (NYSE:PBR.A), o movimento do petróleo teve impacto direto: suas ações encerraram em leve baixa, acompanhando o tom negativo global do setor. Já outras petroleiras brasileiras, como PetroReconcavo (BOV:RECV3) e PRIO (BOV:PRIO3), também foram afetadas pelas pressões externas, com variações negativas modestas. Advfn Brasil+1
A volatilidade foi alta: alguns dias registraram quedas fortes, como na quinta-feira (02/10), quando o WTI recuou, e também o Brent registrou baixa expressiva, pressionando fortemente as ações da Petrobras e companhias correlatas. Esse tipo de movimento evidencia como o mercado de petróleo é sensível a notícias pontuais e ajustes técnicos.
Mesmo com esse panorama adverso, no final da semana surgiu uma reação moderada nos preços. Em 03 de outubro, ambos os benchmarks mostraram leve alta intradiária: Brent fechou em US$ 64,53, com aumento de 0,66%, e WTI subiu para US$ 60,88, também com +0,66% no dia. Esse movimento representou mais um ajuste técnico do que uma reversão de tendência.
Ainda assim, o fechamento da semana permaneceu negativo para ambos os contratos: Brent acumulou cerca de –6,78%, e WTI recuou cerca de –7,36%. O recuo reforça a predominância do tema oferta sobre qualquer sinal de sustentação de demanda.
Para os investidores, esse cenário sugere cautela: o petróleo pode continuar sob pressão se houver confirmação de aumento de oferta ou fraqueza nos indicadores econômicos globais. A capacidade de absorção do mercado será testada nas próximas semanas.
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