Os preços do petróleo operam com variações modestas na manhã de quarta-feira, 15 de outubro de 2025, estendendo a queda da sessão anterior, enquanto os comerciantes reagiram às previsões de um iminente excesso de oferta e às tensões comerciais renovadas entre os dois maiores consumidores de petróleo do mundo.
Às 07h33 (horário de Brasília), os contratos futuros do petróleo Brent para dezembro caíam 10 centavos, ou -0,16%, para US$ 62,29 o barril, enquanto os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate, dos EUA para novembro recuavam 2 centavos, ou -0,03%, para US$ 58,68. Ambas as referências atingiram mínimas de cinco meses na terça-feira, refletindo a crescente pressão sobre os mercados de energia.
Na terça-feira, a Agência Internacional de Energia disse que o mercado global de petróleo pode ter um excesso de oferta de até 4 milhões de barris por dia em 2026. Esse número é maior do que o previsto anteriormente, com a produção prevista para aumentar tanto pelos membros da OPEP+ quanto por outros produtores, mesmo que a demanda permaneça fraca.
“O mercado está focado no excesso de oferta em meio a sinais mistos de demanda. A redução dos riscos geopolíticos e a escalada das tensões comerciais também estão aumentando a pressão sobre os preços”, disse Emril Jamil, analista sênior de petróleo da LSEG.
A disputa comercial entre os Estados Unidos e a China se intensificou novamente na última semana. Ambos os países introduziram taxas portuárias adicionais nas rotas marítimas entre si, aumentando os custos e ameaçando interromper o fluxo de carga — um desdobramento que pode prejudicar a atividade econômica global.
“O foco permanecerá na recente escalada das tensões comerciais entre os EUA e a China e nos riscos que isso traz para a economia global”, disse Tony Sycamore, analista de mercado do IG Group.
As tensões se intensificaram quando a China anunciou controles expandidos de exportação de minerais de terras raras, seguidos pela ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, de aumentar as tarifas sobre produtos chineses para 100% e endurecer as restrições à exportação de software a partir de 1º de novembro.
“Além das relações comerciais entre EUA e China e do progresso das negociações, a chave para os preços do petróleo agora é o grau de excesso de oferta, refletido nas mudanças nos estoques globais”, observou Yang An, analista da Haitong Futures.
Os traders agora estão voltando sua atenção para os dados de estoques dos EUA em busca de novos sinais de demanda. Uma pesquisa preliminar da Reuters mostrou um aumento esperado de 200.000 barris nos estoques de petróleo bruto para a semana encerrada em 10 de outubro, com provável queda nos estoques de gasolina e destilados.
O Instituto Americano de Petróleo (AIP) divulgará seu relatório semanal às 17h30 (horário de Brasília) na quarta-feira, seguido pelos números oficiais da Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA) na quinta-feira, às 11h30 (horário de Brasília). Ambas as publicações foram adiadas devido ao feriado do Dia de Colombo/Dia dos Povos Indígenas no início da semana.
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