
Mercado monitora falas do Fed, agenda econômica cheia e negociações internacionais antes de definir próxima direção.
Os mercados dos Estados Unidos iniciam esta terça-feira (25/11) com um tom de cautela, após um início de semana marcado por um rali expressivo nas ações e por dados econômicos que frustraram parcialmente as expectativas dos investidores. Os principais índices futuros apontam para uma abertura praticamente estável, sugerindo que traders preferem uma pausa estratégica depois da volatilidade intensa observada nos últimos dias.
A alta robusta de segunda-feira, que deu continuidade ao movimento positivo iniciado na última sexta, devolveu parte das perdas acumuladas ao longo da semana passada. A recuperação foi particularmente forte no setor de tecnologia, com o Nasdaq (NASDAQI:COMPX) disparando 598,92 pontos (+2,7%) e praticamente anulando o tombo recente. O S&P 500 (SPI:SP500) também apresentou desempenho firme, avançando 1,6%, enquanto o Dow Jones (DOWI:DJI) registrou ganho mais modesto de 0,4%.
Apesar do otimismo recente, os futuros permaneceram próximos da estabilidade logo antes da abertura do mercado à vista, mesmo após a divulgação dos dados atrasados de vendas no varejo e inflação ao produtor referentes a setembro. As informações, embora amplamente aguardadas, não foram suficientes para alterar a postura mais contida dos operadores na manhã desta terça-feira.
O relatório do Departamento de Comércio mostrou que as vendas no varejo cresceram apenas 0,2% em setembro, abaixo da projeção de 0,4% do mercado. Excluindo veículos e autopeças, o crescimento foi de 0,3%, também aquém do esperado. Os números reforçam a percepção de desaceleração gradual da demanda do consumidor, um componente crucial para o desempenho da economia americana.
Na inflação ao produtor, os dados vieram exatamente dentro das expectativas. O PPI subiu 0,3% em setembro, revertendo a queda de 0,1% registrada em agosto. O avanço anual permaneceu em 2,7%, mostrando estabilidade e sinalizando que as pressões inflacionárias continuam moderadas, mas persistentes.
Outro ponto de atenção dos investidores foi o relatório da ADP, que apontou perda média semanal de 13.500 vagas no setor privado durante o período de quatro semanas encerrado em 8 de novembro — uma piora significativa em relação ao ritmo anterior, que registrava perdas médias de 2.500 vagas. O dado reacende preocupações sobre o enfraquecimento do mercado de trabalho.
Além dos indicadores econômicos, o ambiente político internacional ajudou a sustentar parte do apetite por risco no início da semana. Autoridades americanas destacaram avanços concretos nas negociações de paz relacionadas ao conflito entre Rússia e Ucrânia. O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que houve “progresso tremendo” nas conversas, avaliando que os pontos de resistência ainda existentes “não são intransponíveis”.
No campo da política monetária, declarações mais suaves de autoridades do Federal Reserve também contribuíram para o sentimento positivo do mercado. O governador Christopher Waller afirmou, em entrevista à Fox Business, que apoia um novo corte de 0,25 ponto percentual nas taxas de juros em dezembro. O comentário reforça as falas do presidente do Fed de Nova York, John Williams, que na sexta-feira declarou haver “espaço para mais ajustes” na política monetária.
O FedWatch Tool, da CME Group, agora indica probabilidade de 84,9% de um corte de juros na reunião do próximo mês — um salto impressionante em relação aos 42,4% observados há apenas uma semana. Essa reprecificação rápida dos juros ajudou a impulsionar setores sensíveis às taxas, especialmente tecnologia.
Entre os destaques da segunda-feira, o índice de semicondutores da Filadélfia subiu 4,6%, continuando sua recuperação após atingir na semana passada o menor nível em quase dois meses. Empresas de hardware, redes e biotecnologia também registraram avanços expressivos. Fora da tecnologia, ações ligadas ao ouro ganharam força acompanhando o movimento do metal, elevando o NYSE Arca Gold Bugs Index em 5,8%.
Para esta terça-feira, investidores acompanham a série de divulgações programadas. Às 9h (ET), será divulgado o índice de preços de imóveis da S&P; às 10h, saem a Confiança do Consumidor do Conference Board, as vendas pendentes de imóveis e o relatório de estoques empresariais. No início da tarde, o Tesouro dos EUA publica o resultado do leilão de US$ 70 bilhões em títulos de 5 anos.
Com uma agenda carregada e após fortes movimentos recentes, o mercado tende a buscar equilíbrio no início do dia. A combinação de dados mistos, expectativas de juros menores e sinais diplomáticos positivos deixa o investidor em compasso de espera, monitorando cuidadosamente a próxima direção dos índices americanos.
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