A inflação no Reino Unido caiu de 3,6% para 3,2% em novembro

A inflação anual do Reino Unido perdeu força em novembro e ficou em 3,2%, abaixo dos 3,6% observados em outubro, conforme relatório divulgado na quarta-feira (17/12) pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês). O resultado ficou melhor do que o esperado por analistas e trouxe alívio ao cenário inflacionário do país.

Segundo o levantamento, o principal vetor da desaceleração foi o grupo de alimentos e bebidas não alcoólicas, cuja alta anual recuou para 4,2%. Outro fator relevante veio dos preços de álcool e tabaco, que avançaram 4% na comparação com o mesmo período do ano anterior, contribuindo para o movimento de moderação da inflação.

Na leitura mensal, os preços ao consumidor registraram queda de 0,2% em novembro, reforçando a percepção de arrefecimento das pressões inflacionárias no curto prazo. Já o Índice de Preços ao Consumidor que inclui os custos de habitação dos proprietários-ocupantes (IPC-H) apresentou alta anual de 3,5%, enquanto na comparação mensal houve recuo de 0,1% em relação a outubro.

Do ponto de vista de mercado, uma inflação mais baixa tende a influenciar positivamente as expectativas para a política monetária do Banco da Inglaterra. Esse cenário pode favorecer o mercado de ações, reduzir pressões sobre os rendimentos dos títulos públicos britânicos e impactar o câmbio, com possíveis ajustes na libra esterlina diante da reprecificação das apostas sobre juros.

No ambiente da bolsa de valores, indicadores como o FTSE 100 (LSE:UKX) costumam reagir à leitura de inflação por meio das expectativas de custo de capital e consumo. A desaceleração dos preços pode melhorar a percepção de risco e sustentar movimentos mais construtivos nos ativos britânicos, especialmente em setores sensíveis a juros.

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