Bunge Global supera as estimativas do terceiro trimestre, impulsionada pelo crescimento da receita com a integração da Viterra

A Bunge Global SA (NYSE:BG) divulgou na quarta-feira, 5 de novembro de 2025, resultados sólidos para o terceiro trimestre, com lucros e receitas superando as expectativas de Wall Street, embora as ações tenham caído 1,5% nas negociações pré-mercado após o anúncio.

A gigante do agronegócio reportou lucro ajustado por ação de US$ 2,27, bem acima das previsões dos analistas de US$ 1,44, enquanto a receita disparou para US$ 22,16 bilhões, superando em muito a estimativa consensual de US$ 15,56 bilhões. Apesar do cenário desafiador para as commodities globais, o lucro por ação ajustado permaneceu praticamente inalterado em relação aos US$ 2,29 do ano anterior, refletindo uma sólida execução operacional.

O trimestre marcou o primeiro período completo de divulgação de resultados da Bunge desde a conclusão de sua fusão com a Viterra, com os resultados demonstrando os benefícios iniciais da plataforma global expandida.

“Em nosso primeiro trimestre completo desde a conclusão da transação com a Viterra, nossa equipe combinada apresentou resultados sólidos em um mercado complexo e um ambiente regulatório desafiador em quase todas as regiões”, disse Greg Heckman, CEO da Bunge. “Estamos começando a colher os benefícios de nossa plataforma global expandida.”

Por segmento, o negócio de Processamento e Refino de Soja apresentou um forte aumento no EBIT ajustado, atingindo US$ 478 milhões, ante US$ 286 milhões no ano anterior. O segmento de Processamento e Refino de Oleaginosas também teve um desempenho sólido, com o EBIT ajustado subindo para US$ 275 milhões, contra US$ 133 milhões. O segmento de Comercialização e Moagem de Grãos apresentou melhora, passando de US$ 77 milhões para US$ 120 milhões, enquanto o segmento de Processamento e Refino de Outras Oleaginosas registrou uma leve queda, de US$ 63 milhões para US$ 51 milhões.

A Bunge manteve sua projeção de lucro por ação ajustado para o ano de 2025 entre US$ 7,30 e US$ 7,60, ligeiramente acima do consenso dos analistas de US$ 7,27, o que implica em um lucro por ação no segundo semestre entre US$ 4,00 e US$ 4,25.

A empresa também recomprou US$ 545 milhões em ações próprias durante o trimestre, o que reforça a confiança da administração no desempenho a longo prazo e na criação de valor para os acionistas.

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