DAX, CAC, FTSE100 e ações europeias se mantêm estáveis ​​enquanto investidores aguardam dados do setor manufatureiro

Os mercados europeus abriram a semana em tom cauteloso nesta segunda-feira, com os investidores aguardando novos dados regionais do setor manufatureiro para obter informações sobre a saúde do setor.

Às 05h02 (horário de Brasília), o índice DAX da Alemanha subiu 0,1%, o FTSE 100 do Reino Unido avançou 0,2%, enquanto o CAC 40 da França recuou 0,1%.

Dados de fabricação em foco

O sentimento do mercado foi ligeiramente afetado no início da segunda-feira, após dados do setor privado mostrarem que o setor manufatureiro da China cresceu em ritmo mais lento do que o esperado em outubro, refletindo a queda dos preços e uma perspectiva econômica mais fraca na segunda maior economia do mundo.

Ainda assim, a leitura apontou para um crescimento modesto, em contraste com o PMI oficial do governo da semana passada, que indicou uma contração.

Os investidores agora aguardam dados semelhantes do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) das principais economias europeias — incluindo Alemanha, França e a zona do euro como um todo — ainda nesta sessão, seguidos por relatórios comparáveis ​​dos Estados Unidos.

O Banco Central Europeu manteve as taxas de juros inalteradas na semana passada pela terceira reunião consecutiva, com os membros do conselho afirmando que a política monetária está em um “bom momento”. A próxima e última reunião do BCE no ano está marcada para dezembro, e os economistas esperam, de forma geral, que o banco mantenha as taxas estáveis ​​até 2026.

O Riksbank da Suécia anunciará sua decisão sobre a taxa de juros na quarta-feira, seguido pelo Banco da Inglaterra na quinta-feira.

Os mercados europeus tiveram um desempenho superior em outubro

As ações europeias superaram os mercados americanos no mês passado, impulsionadas pelos ganhos no Reino Unido, França e Espanha, de acordo com uma nota publicada pelo Barclays nesta segunda-feira.

O banco afirmou que os sólidos resultados do terceiro trimestre e o renovado apetite dos investidores impulsionaram os mercados regionais, apesar da contínua incerteza global.

Globalmente, as ações “continuaram a subir a onda de preocupações, atingindo novos máximos em outubro”, observou o Barclays, acrescentando que as preocupações com “o aumento da inadimplência nos EUA e a renovação da disputa comercial entre EUA e China impulsionaram a volatilidade dos ativos X”, embora o efeito tenha sido de curta duração.

Segundo o banco, a alta foi impulsionada por “resultados resilientes do terceiro trimestre” e “ventos favoráveis ​​da IA”, que “os levaram às máximas”.

Atualizações corporativas: Ryanair, PostNL e Heineken

A atividade de divulgação de resultados foi relativamente fraca na segunda-feira, embora vários relatórios importantes sejam esperados ainda esta semana.

A Ryanair (NASDAQ:RYAAY) reportou um aumento de 42% no lucro do primeiro semestre, mas alertou que comparações de tarifas mais difíceis em relação ao ano anterior e riscos geopolíticos podem afetar os resultados no segundo semestre.

A PostNL (EU:PNL) registrou um prejuízo operacional maior no terceiro trimestre, uma vez que o aumento dos custos e a queda no volume de correspondências compensaram o crescimento moderado do volume de encomendas, mantendo a pressão sobre as margens, apesar de um pequeno aumento na receita.

A Heineken (EU:HEIA) revelou um novo plano para 2030, prometendo maiores vendas e redução de custos de até € 500 milhões anualmente, concentrando-se em 17 mercados-chave e em um grupo seleto de marcas globais.

Preços do petróleo sobem após OPEP+ suspender aumentos na produção

Os preços do petróleo bruto subiram na segunda-feira, depois que a OPEP+ confirmou que manterá a produção suspensa no primeiro trimestre do próximo ano, aliviando os temores do mercado sobre um possível excesso de oferta.

Os contratos futuros do Brent subiram 0,7%, para US$ 65,20 o barril, enquanto o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA teve alta de 0,7%, para US$ 61,41.

A aliança dos produtores de petróleo — que inclui a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus parceiros — concordou no domingo em aumentar a produção em 137.000 barris por dia em dezembro, em consonância com o ritmo estabelecido para outubro e novembro.

Embora a medida fosse amplamente esperada, o grupo também confirmou que irá suspender os aumentos de produção até o primeiro trimestre de 2026, citando preocupações com um excedente de oferta e uma demanda mais fraca durante os meses de inverno, que normalmente são mais lentos.

A OPEP+ observou que o período de janeiro a março tende a ser o mais fraco para o consumo global de petróleo.

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