
A Disney (NYSE:DIS) divulgou resultados do 4º trimestre fiscal acima do consenso em lucro, mas abaixo em receita. O lucro por ação ajustado foi de US$ 1,11 (vs. US$ 1,05 esperados por Wall Street), enquanto a receita somou US$ 22,46 bilhões (vs. US$ 22,75 bilhões).
As ações caíram mais de 4% durante o pré-mercado de quinta-feira, 13 de novembro de 2025. A Disney também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:DISB34).
O lucro líquido atingiu US$ 1,44 bilhão, ou US$ 0,73 por ação, mais que o dobro do ano anterior (US$ 564 milhões; US$ 0,25). A receita total ficou praticamente estável ante 2024. A empresa disse encerrar o ano com “impulso”, destacando streaming e a divisão de experiências como pilares.
No segmento de Entretenimento, a receita caiu 6% para US$ 10,21 bilhões, pressionada por redes lineares e bilheteria mais fraca. O lucro operacional do segmento recuou 35%, para US$ 691 milhões, refletindo bases duras de comparação com sucessos cinematográficos do ano anterior.
A TV linear seguiu desafiada. O lucro operacional das redes caiu 21%, para US$ 391 milhões, impactado por audiência menor, redução de publicidade política (efeito adverso de US$ 40 milhões) e a joint venture da Hotstar na Índia. A disputa com o YouTube TV desde 31 de outubro também pesa, e as negociações continuam.
O streaming foi o destaque. A receita do DTC subiu 8% e o lucro operacional avançou 39% para US$ 352 milhões, sustentados por aumentos de preço e maior base de assinantes. Metade do ganho de assinantes veio do acordo de distribuição com a Charter; a outra metade foi “varejo”, com forte tração internacional.
No trimestre, o Disney+ adicionou 3,8 milhões de assinantes, alcançando 131,6 milhões. O Hulu somou 64,1 milhões, totalizando 196 milhões de assinaturas entre os dois serviços. A empresa integrará o Hulu ao aplicativo Disney+ e, a partir do próximo trimestre, deixará de divulgar assinantes e ARPU.
A ESPN apresentou receita de aproximadamente US$ 4 bilhões, alta de 3%, com lucro operacional estável em US$ 898 milhões. Nos EUA, o resultado caiu 3% por maiores custos de marketing e programação ligados ao lançamento do app direto ao consumidor em agosto, apesar de publicidade e afiliação mais fortes.
A disponibilidade da ESPN via streaming reduziu churn e elevou engajamento, impulsionada pelos pacotes da Disney. Segundo a companhia, 80% das novas assinaturas “varejo” da ESPN vieram em bundles, dinâmica que favorece retenção e valor de longo prazo, inclusive para o ecossistema Disney+ e Hulu.
Experiências (parques, resorts, cruzeiros e produtos) registrou receita de US$ 8,77 bilhões (+6%) e lucro operacional recorde de US$ 1,88 bilhão (+13%). Reservas avançaram 3% e o gasto per capita subiu 5% no 1º trimestre fiscal. Cruzeiros seguem esgotando em ritmo similar ao pré-expansão da frota.
No consolidado do ano fiscal, a receita cresceu 3% para US$ 94,4 bilhões, e o lucro segmentado atingiu US$ 17,6 bilhões (+12%). O caixa das operações somou US$ 18,1 bilhões (+30%) e o fluxo de caixa livre foi de US$ 10,1 bilhões (+18%), apesar de capex maior com navios e novas atrações.
Perspectivas
Para o 1º tri do ano fiscal de 2026, a Disney projeta lucro operacional de cerca de US$ 375 milhões no DTC SVOD. As comparações do calendário de estreias nos cinemas devem reduzir o lucro do Entretenimento em US$ 400 milhões, e a publicidade política menor trará impacto adverso de US$ 140 milhões.
Na divisão de cruzeiros, a empresa prevê US$ 90 milhões em despesas de pré-abertura e US$ 60 milhões de docagem a seco no 1º tri.
Para 2026, estima crescimento de lucro ajustado por ação de dois dígitos, capex de US$ 9 bilhões, investimento de US$ 24 bilhões em conteúdo e recompra de US$ 7 bilhões.
O conselho declarou dividendo em dinheiro de US$ 1,50 por ação em 2026, pago em duas parcelas de US$ 0,75 (15 de janeiro e 22 de julho). A companhia também projeta alta de um dígito alto no lucro de Experiências em 2026, com custos de pré-abertura de US$ 160 milhões e docagens de US$ 120 milhões.
O trimestre evidenciou um mix: pressão em TV linear e cinema, compensada por avanço consistente do streaming e de Experiências. Com disciplina em preços, bundles e pipeline de parques e frota, a Disney emitiu um guidance de expansão de lucros em 2026, concentrada no segundo semestre.
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