
Mini Dólar opera entre forças opostas do Copom e do mercado externo, enquanto curva DI recua e o Euro tenta reação técnica frente ao real.
O Dólar Futuro (BMF:WDOZ25) opera próximo da estabilidade nesta quarta-feira (05/11), refletindo o compasso de espera dos investidores pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para o final da tarde. O mercado projeta manutenção da taxa Selic em 15,00%, o que tende a preservar o diferencial de juros favorável ao real, mas a atenção está voltada ao tom do comunicado e às possíveis sinalizações sobre cortes em 2026.
Na leitura técnica, o contrato do dólar rompeu resistência curta em R$ 5.434, e o IFR ainda indica espaço para novos repiques de alta até R$ 5.500. Contudo, o cenário de médio prazo segue neutro, já que o ativo ainda encontra barreira relevante na região de R$ 5.590, nível que separa o movimento de correção do início de uma reversão mais estrutural.
O comportamento do Dólar à Vista (FX:USDBRL) confirma o padrão: a moeda é negociada em torno de R$ 5,40, após valorização recente associada à aversão global ao risco. A formação de topos ascendentes no gráfico intradiário sustenta o viés de repique, mas sem sinal de rompimento consistente da faixa de congestão observada desde o final de outubro.
Curva de Juros Futuros (DI1F29 | DI1F33) e Impacto Cambial
Os juros futuros operam em leve queda nos vértices longos e curtos. O contrato de juros com vencimento em janeiro de 2029 (BMF:DI1F29) recua -0,08% para 13,11%, enquanto o DI com vencimento em janeiro de 2029 (BMF:DI1F33) perde -0,11% a 13,60%. Essa leve compressão da curva reflete expectativas de manutenção da Selic e um viés moderadamente dovish por parte do Banco Central.
Na prática, a curva DI mais baixa tende a aliviar a pressão sobre o câmbio, uma vez que reduz o custo de carregamento em posições compradas em dólar. Contudo, qualquer sinal de antecipação de cortes de juros pode gerar volatilidade no Dólar Futuro, especialmente nos vencimentos de dezembro (BMF:DOLZ25) e janeiro (BMF:DOLF26).
DXY e a Correlação com o Dólar Futuro
No exterior, o Dollar Index (CCOM:DXY) recua levemente após ter atingido máximas recentes. O movimento de correção reflete ajustes técnicos e a expectativa pelos dados de emprego dos EUA (Relatório ADP). Um DXY em leve baixa favorece a estabilidade do real e limita o ímpeto comprador no Dólar Futuro brasileiro.
A correlação entre DXY e WDOZ25 continua alta (aproximadamente 0,85), o que significa que movimentos globais do dólar ainda ditam o ritmo da moeda americana no Brasil. Caso o DXY volte a testar 107 pontos, o dólar futuro pode retomar a região dos R$ 5,50 rapidamente.
Euro (EURBRL) e Câmbio Cruzado
O Euro (FX:EURBRL) iniciou o dia em leve alta de +0,12%, cotado a R$ 6,2073. Tecnicamente, a moeda europeia segue em tendência de baixa pelas médias de 21 e 200 dias, mas o IFR começa a apontar para cima, sugerindo possível repique. A perda dos R$ 6,15 abriria espaço para R$ 6,10 ou R$ 5,93, enquanto uma alta acima de R$ 6,20 poderia levar o par a R$ 6,26 e R$ 6,43.
Esse comportamento do euro reforça o cenário de lateralização no câmbio, com investidores alternando entre posições defensivas e táticas, de olho na decisão do Copom e na leitura do mercado global de risco.
Panorama Geral e Estratégia Operacional
Para o operador de day trade, o ponto-chave de entrada está entre R$ 5.415–R$ 5.425, com objetivo em R$ 5.470–R$ 5.490 e stop abaixo de R$ 5.400. Já para quem busca operações de swing trade, a região de R$ 5.360 serve como suporte principal — enquanto o ativo se mantiver acima dela, o viés segue altista de curto prazo.
A tendência intradiária de alta no gráfico de 5 minutos sugere novas tentativas de rompimento, especialmente se houver volatilidade após o anúncio do Copom. Um fechamento acima de R$ 5.500 confirmaria a continuidade do repique, abrindo espaço para testes em R$ 5.590.
No entanto, caso o dólar perca R$ 5.410, o movimento pode rapidamente inverter, com realização em direção a R$ 5.360. O controle de risco se torna essencial, dado o estreitamento do range e a forte reação dos vértices curtos da curva DI às sinalizações do BC.
Aviso ao Investidor! A análise técnica apresentada neste artigo é exclusivamente para fins informativos e educacionais, com base em dados extraídos da ferramenta Scanner ADVFN. Não constitui recomendação ou oferta de compra ou venda de qualquer ativo financeiro. Investimentos envolvem riscos, e decisões devem ser tomadas com base em avaliação própria ou consulta a profissionais financeiros qualificados. A ADVFN e os autores não se responsabilizam por perdas, danos (diretos, indiretos ou incidentais), custos ou lucros cessantes decorrentes do uso destas informações. O desempenho passado não garante resultados futuros. Invista com cautela e responsabilidade.
Conclusão
O Dólar Futuro (BMF:WDOFUT) entra no pregão desta quarta-feira com viés levemente positivo, refletindo o equilíbrio entre o fluxo externo e a cautela doméstica antes da decisão do Copom. A tendência de curto prazo é de repique, mas o ativo ainda opera em consolidação, com gatilhos técnicos claros para ambos os lados.
A leitura conjunta de DXY, DI Futuros e Euro/Real mostra que o ambiente global segue misto, exigindo disciplina nas operações e foco em setups curtos enquanto o mercado aguarda definições sobre juros e política monetária.
A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.
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