Energisa registra lucro menor no 3T25, mas Ebitda avança e receita cresce na B3

Mesmo com queda de 10,8% no lucro líquido, a Energisa (ENGI11) apresentou crescimento de 16,9% no Ebitda e avanço de 9% na receita líquida ajustada, reforçando resiliência operacional no trimestre.

A Energisa (BOV:ENGI11), uma das maiores companhias de energia elétrica do país, divulgou seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2025, reportando um lucro líquido de R$ 648,4 milhões, queda de 10,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Considerando os ajustes regulatórios e efeitos não recorrentes, o lucro líquido ajustado recorrente somou R$ 427,6 milhões, recuo de 13,6% na comparação anual.

Apesar da retração no lucro, o trimestre mostrou forte desempenho operacional. O Ebitda atingiu R$ 2,19 bilhões, alta de 16,9% na base anual, impulsionado pelo avanço nos resultados do segmento de distribuição e pela recuperação dos indicadores de qualidade. No critério ajustado recorrente, o Ebitda ficou em R$ 2,07 bilhões, crescimento igualmente de 16,9%.

O faturamento também avançou: a receita líquida operacional ajustada somou R$ 7,63 bilhões, aumento de 9% frente ao 3T24, refletindo maior consumo de energia e indexação tarifária.

Por outro lado, a dívida líquida da empresa subiu para R$ 29,2 bilhões, avanço de 23,2% em relação ao ano anterior. A alavancagem permaneceu em 3,2 vezes o Ebitda ajustado, nível considerado gerenciável para o setor, mas que exige atenção no ciclo de juros elevados.

Os investimentos totalizaram R$ 1,82 bilhão no trimestre, praticamente estáveis em relação ao ano passado, com foco em expansão e modernização das redes.

No pregão desta quinta-feira (06/11), as ações ENGI11 encerraram negociadas a R$ 53,33, estáveis em relação ao último fechamento. O mercado deve acompanhar, nos próximos dias, a leitura dos investidores sobre o equilíbrio entre crescimento operacional e pressão no endividamento.

A Energisa atua na distribuição, transmissão e comercialização de energia elétrica, atendendo mais de 8 milhões de clientes pelo país, e disputando mercado com outras grandes companhias do setor, como Equatorial (BOV:EQTL3) e CPFL Energia (BOV:CPFE3).

Para o investidor, o desafio está em avaliar como a empresa irá equilibrar crescimento, investimentos e geração de caixa, especialmente diante de um ciclo de juros ainda restritivo.