Ibovespa avança com sinais do BC e expectativa de juros menores nos EUA

Nesta terça-feira (25/11), o Ibovespa encerrou o pregão em alta de 0,41%, aos 155.910 pontos, embalado por papéis de setores ligados a commodities e infraestrutura e acompanhado pela força dos índices de Wall Street, enquanto o volume negociado totalizou R$20,2 bilhões, abaixo da média móvel dos últimos 50 pregões. O contrato futuro de Ibovespa (BMF:INDFUT) seguiu a mesma direção, refletindo o apetite por risco após comentários do Banco Central sobre o fim do ciclo de aperto monetário.

O pregão desta terça-feira foi guiado por uma combinação de fatores domésticos e internacionais: no Brasil, as falas do diretor de Política Monetária do Banco Central sobre o encerramento do ciclo de alta dos juros aliviaram a precificação das curvas, enquanto o mercado analisou ainda as emissões, transições e movimentos corporativos das empresas listadas.

No exterior, investidores reagiram às expectativas de cortes nos juros norte-americanos, aos desdobramentos das tensões geopolíticas e ao comportamento da economia chinesa, que segue ditando o humor das commodities metálicas. Tudo isso se refletiu no comportamento do Ibovespa e no acompanhamento do S&P 500 Futuro (CCOM:US500) e do Dow Jones Futuro (CCOM:US30).

Entre as maiores altas do dia no principal índice da bolsa de valores, investidores acompanharam papéis ligados a mineração, varejo e construção: destaque para empresas como Vale (BOV:VALE3), líder global em minério de ferro; Magazine Luiza (BOV:MGLU3), gigante do varejo omnichannel; e MRV (BOV:MRVE3), referência em habitação popular.

Nas maiores quedas, pressionaram o índice setores sensíveis ao câmbio e ao cenário global: Azul (BOV:AZUL4), do setor aéreo; Gol (BOV:GOLL4), também focada em transporte de passageiros; e 3R Petroleum (BOV:RRRP3), produtora nacional de óleo e gás. Já entre as ações mais negociadas, ganharam destaque Petrobras (BOV:PETR4 | BOV:PETR3 | NYSE:PBR), líder em exploração e refino; Itaú Unibanco (BOV:ITUB4), o maior banco privado do país; e Vale (BOV:VALE3), que dominou o giro financeiro do dia.

Os juros futuros negociados na bolsa de valores também refletiram o clima de alívio desta terça-feira (25/11): a curva apresentou fechamento de até 7 pontos-base entre os vértices curtos, médios e longos, acompanhando tanto a fala do Banco Central quanto o movimento dos Treasuries norte-americanos. No fim da tarde, o contrato futuro de dólar (BMF:DOLFUT) caía 0,2%, enquanto a Paridade Dólar Americano e Real Brasileiro (FX:USDBRL) acompanhava a redução do Índice Dólar DXY (CCOM:DXY), que recuava 0,37%. Entre os vértices mais negociados no mercado de juros, os contratos de DI indicaram ajuste generalizado, reforçando uma leitura mais suave para o cenário de política monetária.

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Americanas (AMER3)

   A Americanas comunicou na noite de segunda-feira (24/11) que aceitou a proposta vinculante reapresentada pela Fan Store Entretenimento (BandUP!) para a aquisição da Uni.Co, dona de marcas como Imaginarium, Puket, Love Brands e Casas Mind. A nova oferta atualiza termos financeiros importantes e atende às exigências dos credores no processo competitivo de venda. Saiba mais…

   Auren (AURE3)

   A Auren Energia, uma das principais companhias do setor elétrico listadas na bolsa de valores, anunciou a aprovação do seu 2º programa de recompra de ações, autorizando a aquisição de até 450 mil ações ordinárias, montante que representa 0,04% do total emitido ou 0,14% do free float. O comunicado foi divulgado após o fechamento do mercado na segunda-feira (24/11). Saiba mais…

   Azul (AZUL4)

   A Azul convocou seus acionistas para uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) marcada para 16 de dezembro de 2025. O objetivo: alterar as regras que limitam o número máximo de ações ordinárias que podem ser emitidas dentro do capital autorizado — mudança considerada pela administração como essencial para a continuidade do plano de reestruturação conduzido no âmbito do Chapter 11 norte-americano. Saiba mais…

   Biomm (BIOM3)

   A Biomm anunciou nesta segunda-feira (24/11) o início oficial de sua transição de liderança. O atual CEO, Heraldo Carvalho Marchezini, apresentou renúncia, mas seguirá no comando até 31 de dezembro de 2025, quando passará o bastão para Guilherme Maradei, que assume a diretoria de gestão de processos e informações neste período de transição. A mudança marca uma das etapas mais significativas da companhia desde sua consolidação industrial e reforça a estratégia de expansão no mercado biofarmacêutico brasileiro. Saiba mais…

   BRB (BSLI3)

   O Banco de Brasília BRB se pronunciou ao mercado após a B3 solicitar esclarecimentos sobre notícias envolvendo a instituição e o liquidado Banco Master. Em documento enviado à CVM, o banco afirmou que todas as decisões relacionadas ao tema seguiram estudos técnicos e passaram por deliberação de órgãos internos, reforçando seu compromisso com governança corporativa e gestão de riscos. Saiba mais…

   Ecorodovias (ECOR3)

   A Ecorodovias Infraestrutura e Logística comunicou ao mercado que a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) reconheceu formalmente o desequilíbrio econômico-financeiro no contrato da Ecovias Leste Paulista, após analisar os impactos da pandemia de Covid-19 sobre as receitas tarifárias entre março de 2020 e dezembro de 2022. Saiba mais…

   Embraer (EMBJ3)

   A Embraer iniciou a terça-feira (25/11) com um novo impulso estratégico: o BNDES aprovou um financiamento de US$ 200 milhões (cerca de R$ 1,09 bilhão) por meio da linha BNDES Exim Pré-embarque, destinada a sustentar diretamente a produção da fabricante brasileira de aeronaves. O aporte chega em um momento-chave, marcado pelo aumento da demanda global e pelo compromisso da companhia em cumprir seu robusto cronograma de entregas internacionais. Saiba mais…

   Even (EVEN4)

   A Even aprovou a 17ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única, no valor de R$ 350 milhões. As debêntures terão prazo de vencimento de 7 anos, contados da data de emissão.

   Raízen (RAIZ4)

   A Raízen S.A., gigante do setor de energia integrada, comunicou nesta segunda-feira (24) mudanças relevantes em seu Conselho de Administração. Cristiano Pinto da Costa e Rodrigo Araújo Alves renunciaram aos cargos de membros do colegiado, abrindo espaço para novas indicações realizadas por suas acionistas de referência: Shell e Cosan. Saiba mais…

   Sabesp (SBSP3)

   A Sabesp deu um passo decisivo rumo à primeira revisão tarifária desde sua privatização. A companhia informou nesta terça-feira (25/11), às 10h35, que a Arsesp validou a Base de Ativos Regulatórios (RAB) em R$ 78,5 bilhões para 2023 e R$ 88,0 bilhões para 2024, reforçando confiança no novo ciclo regulatório e reduzindo incertezas antes da divulgação oficial do processo, marcada para 01 de dezembro. Saiba mais…

   SLC Agrícola (SLCE3)

   A SLC Agrícola veio a público nesta segunda-feira (24/11), para esclarecer reportagens nacionais e internacionais que questionaram suas operações no estado do Piauí — especialmente nas unidades Parnaguá I e II (Fazenda Cosmos). A companhia reforçou que desde 2021 segue uma rígida Política de Desmatamento Zero e negou qualquer operação em áreas desmatadas após esse marco. Saiba mais…

   

   (Com informações da TCMover e Momento B3)