As ações da Nike caem 10% devido à pressão sobre as margens, ofuscando os fortes resultados do segundo trimestre

A Nike (NYSE:NKE) divulgou resultados do segundo trimestre fiscal que superaram as expectativas do mercado tanto em lucros quanto em receita, mas preocupações com a redução das margens e o aumento da pressão sobre os custos desencadearam uma forte queda nas ações.

A gigante do vestuário esportivo afirmou que o melhor desempenho em seus negócios na América do Norte ajudou a compensar a demanda mais fraca na China, mesmo com o aumento das tarifas americanas elevando os custos de produção e afetando a lucratividade. A margem bruta caiu 300 pontos-base, para 40,6%, refletindo o aumento das atividades promocionais para liquidar o excesso de estoque — principalmente na América do Norte — bem como o impacto das tarifas mais altas.

O analista da Jefferies, James Grzinic, afirmou que “o mercado parece pouco impressionado com a escala da aceleração das vendas e a moderação das pressões sobre a margem bruta que devem ocorrer nos próximos meses”.

As ações da Nike caíram cerca de 10% durante as negociações de pré-mercado nos EUA após a divulgação dos resultados. A Nike também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:NIKE34).

No trimestre, a Nike divulgou lucro por ação de US$ 0,53 sobre uma receita de US$ 12,43 bilhões, superando com folga as previsões dos analistas. As estimativas consensuais compiladas pela Investing.com apontavam para um lucro por ação de US$ 0,37 sobre uma receita de US$ 12,2 bilhões.

O desempenho superior da receita foi impulsionado pelo sólido crescimento na América do Norte, onde as vendas aumentaram 9% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 5,6 bilhões. Embora isso represente uma melhora significativa, ficou abaixo das expectativas dos analistas, que previam US$ 5,9 bilhões. A China continuou sendo um fator negativo importante, com as vendas caindo 17%, para US$ 1,42 bilhão, aquém das previsões de US$ 1,6 bilhão.

A Nike também informou que os estoques diminuíram 3%, para US$ 7,7 bilhões, sinalizando algum progresso no gerenciamento dos níveis de estoque, apesar das pressões sobre as margens.

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