Ibovespa avança, impulsionado por ajuste na curva de juros e confiança nas falas de Galípolo

O Ibovespa fechou esta segunda-feira (24/11) com um respiro depois de quatro quedas seguidas, embalado pelo alívio na curva de juros após as falas do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. O índice avançou 0,33%, aos 155.277 pontos, com um volume forte de R$27,5 bilhões — bem acima da média dos últimos cinquenta pregões. O movimento ficou alinhado ao que já aparecia no contrato futuro de Ibovespa (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT), que também mostrava melhora ao longo do dia, acompanhando a recuperação dos índices acionários norte-americanos.

O pregão desta segunda-feira (24/11) foi cheio de catalisadores: no Brasil, as falas de Galípolo aliviaram o mercado ao reforçar que o BC segue dependente de dados e comprometido com a convergência da inflação, enquanto a política ferveu com a confirmação da prisão de Jair Bolsonaro pelo STF, elevando o ruído institucional. No exterior, os índices futuros norte-americanos — Dow Jones Futuro (CCOM:US30), S&P 500 Futuro (CCOM:US500) e Nasdaq Futuro (CCOM:US100) — caminharam com leve otimismo diante das expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve.

Na China, o minério de ferro manteve volatilidade após nova alta em Dalian, refletindo oferta restrita de carvão de coque. O combo de guerras, disputas geopolíticas e negociações de paz entre Rússia e Ucrânia também entrou no radar, depois de sinais mais otimistas vindos de Genebra e declarações positivas de Trump. Tudo isso ajudou a formar o humor que direcionou o Ibovespa ao longo do dia.

No mundo corporativo, a segunda-feira (24/11) foi marcada por fortes movimentos: a maior estrela do dia foi a Neoenergia (BOV:NEOE3), que disparou após sua controladora Iberdrola solicitar à CVM uma OPA a R$32,50 por ação. Do lado negativo, Hapvida (BOV:HAPV3) sofreu após o Itaú BBA rebaixar a recomendação e reduzir o preço-alvo, citando preocupações com margens.

Entre as maiores contribuições positivas ao Ibovespa, brilharam Sabesp (BOV:SBSP3), companhia de saneamento básico; Axia (BOV:AXIA3), do setor de construção e infraestrutura; e Rede D’Or (BOV:RDOR3), gigante hospitalar — com altas de 2,58%, 0,90% e 1,95%. Nas maiores altas percentuais, apareceram MRV (BOV:MRVE3), forte no segmento de construção; Assaí (BOV:ASAI3), referência em atacarejo; e Vamos (BOV:VAMO3), líder em locação de veículos pesados — avançando entre 3,83% e 3,94%.

O mercado de juros futuros (BMF:DI1FUT) teve uma sessão de fechamento generalizado nesta segunda-feira (24/11), com os vértices curtos, médios e longos recuando até 6 pontos-base. O movimento refletiu tanto a queda dos Treasury yields quanto a fala de Galípolo reforçando compromisso com a convergência da inflação. A curva também reagiu à redução das medianas do Focus para o IPCA de 2025 e 2026 e para a Selic terminal de 2026 e 2028. Entre os contratos mais negociados e mais voláteis do dia, os destaques ficaram nos vencimentos intermediários, que ampliaram o fechamento ao longo da tarde, reforçando expectativa de menor pressão no longo prazo.

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Banco do Brasil (BBAS3)

   O Banco do Brasil anunciou nesta segunda-feira (24/11), às 14h35, uma expansão relevante no BB Ventures, seu programa de Corporate Venture Capital. A instituição vai elevar para até R$ 500 milhões o capital destinado ao investimento em startups a partir de 2026 — um salto de R$ 300 milhões em relação ao montante atual. O movimento mira ampliar o alcance do programa e intensificar a busca por soluções inovadoras que possam impactar diretamente clientes, eficiência operacional e novos negócios. Saiba mais…

   BTG Pactual (BPCA11)

   O Banco BTG Pactual divulgou um comunicado ao mercado detalhando sua relação com o Grupo Master, após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) solicitar informações sobre eventuais negócios ou investimentos impactados pela liquidação extrajudicial da instituição financeira. O documento, publicado após o fechamento da bolsa de valores nesta sexta-feira, informou que não existe qualquer posição vigente envolvendo o grupo. Saiba mais…

   CSN Mineração (CMIN3)

   A CSN Mineração, maior produtora de minério de ferro do Brasil em capacidade instalada, comunicou nesta segunda-feira (24/11) que seu conselho de administração aprovou um novo programa de alienação das ações mantidas em tesouraria. O plano prevê a venda de até 53.294.297 ações ordinárias, ao longo de 18 meses, em operações realizadas diretamente no mercado. Saiba mais…

   Equatorial (EQTL3)

   A Equatorial Energia avançou para a etapa final de seu projeto de modernização do monitoramento de ativos nas sete distribuidoras do grupo, com previsão de conclusão até o fim deste ano. A iniciativa, considerada uma das mais robustas do setor elétrico na bolsa de valores, promete reduzir falhas, ampliar a eficiência operacional e diminuir custos relevantes ligados aos equipamentos de alta tensão. Saiba mais…

   Gafisa (GFSA3)

   A Gafisa saiu a público para dissipar dúvidas e acalmar investidores após a liquidação extrajudicial do Banco Master. Em comunicado enviado na noite de sexta-feira (21/11) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia deixou claro que não possui qualquer relação comercial ou financeira capaz de gerar risco, nem aplicações ou títulos emitidos pela instituição. Saiba mais…

   Light (LIGT3)

   A Light enviou um esclarecimento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) garantindo que não mantém qualquer negócio, operação financeira ou investimento com o Banco Master, instituição que entrou em liquidação extrajudicial na sexta-feira. A empresa reforçou que não há risco direto para suas operações, afastando especulações que circularam entre investidores na bolsa de valores. Saiba mais…

   MBRF (MBRF3)

   A MBRF SA anunciou a aprovação de sua 8ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, totalizando R$ 1,9 bilhão, em operação estruturada junto à Eco Securitizadora e vinculada a Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs). A oferta, de colocação privada, reforça a estratégia de financiamento da companhia para sustentar sua cadeia operacional no agronegócio. Saiba mais…

   Neoenergia (NEOE3)

   A Neoenergia comunicou um dos movimentos societários mais relevantes do setor elétrico em 2025: a venda da totalidade das ações da Energética Águas da Pedra (EAPSA) — operadora da usina hidrelétrica Dardanelos, com 261 MW de capacidade — para a EDF Brasil Hidro Participações, por R$ 2,5 bilhões. O anúncio foi feito por meio de Fato Relevante e rapidamente entrou no radar dos investidores da B3, especialmente pelo potencial impacto sobre fluxo de caixa, alocação de capital e estratégia de longo prazo da companhia. Saiba mais…

   A Neoenergia comunicou ao mercado, na manhã desta segunda-feira (24/11), que sua controladora Iberdrola decidiu lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) para comprar até a totalidade das ações ordinárias da companhia na bolsa de valores. O preço proposto é de R$ 32,50 por ação, indicando a intenção do grupo espanhol de retirar a elétrica brasileira do Novo Mercado da B3. Saiba mais…

   Petrobras (PETR3/PETR4)

   A Petrobras voltou ao centro das atenções do mercado nesta segunda-feira (24/11), após declarações da presidente Magda Chambriard durante o encerramento do ciclo Eloos Energia, em Belo Horizonte (MG). A executiva afirmou que a companhia tem o desafio de equilibrar a geração atual de energia com a transição energética, garantindo expansão sustentável. Segundo ela, o Plano Estratégico 2026–2030 — que será divulgado na quinta-feira (27/11) — trará diretrizes claras sobre esse caminho. Saiba mais…

   Qualicorp (QUAL3)

   A Qualicorp, uma das principais administradoras de planos de saúde coletivos do país, anunciou a aprovação de um robusto programa de recompra de até 10 milhões de ações ordinárias, o que representa aproximadamente 3,5% dos papéis em circulação. O movimento foi divulgado na sexta-feira (21/11) e já desperta forte atenção do mercado, especialmente de investidores voltados a empresas de saúde listadas na bolsa de valores. Saiba mais…

   Simpar (SIMH3)

   A Simpar S.A. divulgou novas projeções para sua controlada CS Portos, indicando forte expansão operacional e queda relevante no endividamento entre 2026 e 2028. As estimativas reforçam a estratégia da holding de fortalecer ativos logísticos e desembarcar nos próximos anos com uma operação portuária mais robusta, eficiente e com maior geração de caixa. Saiba mais…

   

   (Com informações da TCMover e Momento B3)