
O cenário inflacionário no Brasil apresentou um alívio em outubro. O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou uma deflação de 0,03% no mês, revertendo a alta de 0,36% observada em setembro. Este resultado consolida um ambiente de desaceleração, com o índice acumulando uma queda de 1,31% no ano e uma alta modesta de 0,73% nos últimos doze meses. A comparação com outubro do ano anterior é ainda mais striking, quando o índice subia 1,54% e acumulava uma alta de 5,91% em 12 meses.
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A análise do economista Matheus Dias, do FGV IBRE, esclarece os componentes por trás deste movimento. “A queda do IGP-DI em outubro pode ser atribuída a diversos fatores. No IPA, destacou-se a queda generalizada de produtos agropecuários com peso significativo na estrutura do índice, como café em grão, trigo em grão, soja em grão e leite in natura, que exerceram pressão deflacionária. Quanto aos preços ao consumidor, passagens aéreas e tarifas de energia elétrica foram os principais responsáveis pela desaceleração, contribuindo conjuntamente com -0,18 p.p. para o resultado do IPC. Em contrapartida, INCC registrou trajetória de aceleração, impulsionado principalmente pela alta no grupo de Mão de obra. Além disso, materiais essenciais como cimento Portland e condutores elétricos apresentaram elevações de preços que pressionaram os custos da construção civil.”, avaliou.
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O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), um dos principais componentes do IGP-DI, foi um dos grandes responsáveis pelo resultado geral, registrando uma queda de 0,13% em outubro. Este movimento inverte a trajetória do mês anterior, quando havia subido 0,30%. Destaque para a forte queda no grupo de Matérias-Primas Brutas, que recuou 0,58%, após um avanço de 0,80% em setembro.
No front do consumo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou significativamente, subindo apenas 0,14% em outubro, contra 0,65% em setembro. O maior impacto veio dos grupos Habitação, que foi de uma alta de 2,13% para uma queda de 0,23%, e Educação, Leitura e Recreação, que caiu de 2,00% para -0,43%. Por outro lado, itens como Saúde e Cuidados Pessoais e Vestuário apresentaram aceleração em suas taxas.
Um contraponto no relatório foi o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que acelerou de 0,17% em setembro para 0,30% em outubro. O grupo de Materiais e Equipamentos foi o principal vetor, saltando de 0,18% para 0,39%, sinalizando continuidade da pressão de custos no setor da construção civil.
(fgv)
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