
O custo do aluguel residencial no Brasil deu um novo salto em outubro, pressionando ainda mais o orçamento das famílias. O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) registrou uma alta de 0,57% no mês, mas o dado que mais chama a atenção é a forte aceleração em 12 meses. O indicador acumula agora um aumento de 5,58%, um salto significativo em relação aos 4,04% registrados em setembro.
Quer ficar bem informado? Acesse o canal da ADVFN News [ grátis ]
O especialista Matheus Dias, economista do FGV IBRE, analisa o cenário: “A aceleração do IVAR ocorre em um contexto de mercado de trabalho e renda ainda firmes, com demanda resiliente por locação, sobretudo em regiões com menor oferta de imóveis disponíveis. Esse quadro tende a sustentar pressões de preço no curto prazo, embora em intensidade inferior à observada no ciclo de 2022–2024.”
⚠️ Cadastre-se gratuitamente na ADVFN para obter notícias, cotações em tempo real,
gráficos interativos, fluxo de opções ao vivo e muito mais.[ Cadastre-se grátis ]
Olhando para as capitais, a alta foi generalizada entre setembro e outubro. Belo Horizonte liderou o movimento mensal, com um avanço de 1,30% nos preços. Porto Alegre veio em seguida (0,88%), seguida pelo Rio de Janeiro (0,68%). São Paulo registrou a menor variação positiva no período, de 0,13%.
Aceleração intensa no Rio de Janeiro impacta o índice nacional.
Quando se observa a variação acumulada em 12 meses, a intensidade da aceleração no Rio de Janeiro chama a atenção. A taxa na cidade saltou de 4,29% em setembro para expressivos 8,45% em outubro. Porto Alegre também viu sua taxa anual mais que dobrar, indo de 2,05% para 4,42%. São Paulo acompanhou a tendência de alta, subindo de 2,69% para 3,99%. A exceção foi Belo Horizonte, que, mesmo ainda com uma taxa elevada de 6,93%, registrou uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando estava em 9,01%.
Possíveis impactos no mercado financeiro.
Esta aceleração persistente nos aluguéis, um componente importante do IPCA, sinaliza uma inflação de serviços mais teimosa. Para o mercado, isso pode reforçar expectativas de que o Copom manterá os juros em patamares restritivos por mais tempo, impactando a curva de juros futuros. Títulos atrelados à inflação, como as NTN-Bs, podem encontrar suporte, enquanto a bolsa de valores (BOV:IBOV), especialmente setores sensíveis a juros altos, como construção civil e varejo, pode enfrentar ventos contrários. No câmbio, um cenário de juros elevados pode oferecer algum suporte ao Real (FX:USDBRL), mas o efeito dominante seguirá sendo o risco fiscal e o cenário externo.
(fgv)
Siga-nos nas redes sociais
QUER SABER COMO GANHAR MAIS?
A ADVFN oferece algumas ferramentas bem bacanas que vão te ajudar a ser um trader de sucesso
- Monitor - Lista personalizável de cotações de bolsas de valores de vários paíeses.
- Portfólio - Acompanhe seus investimentos, simule negociações e teste estratégias.
- News Scanner - Alertas de notícias com palavras-chave do seu interesse.
- Agenda Econômica - Eventos que impactam o mercado, em um só lugar.
Recursos principais