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M. Dias desaba após resultado fraco no 3º trimestre, com ebitda abaixo das projeções

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Resultado financeiro do trimestre mostra crescimento sólido em lucro, receita e geração de caixa. Ações MDIA3 fecharam o pregão a R$ 29,28 (-0,10%) na bolsa de valores B3.

A M. Dias Branco (BOV:MDIA3) divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2025 (3T25), apresentando um lucro líquido de R$ 216,1 milhões, alta de 73,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho reflete maior eficiência operacional, forte avanço de vendas e melhora expressiva do capital de giro.

A receita líquida alcançou R$ 2,78 bilhões, crescimento anual de 15,8%, impulsionada pelo aumento de 15,2% no volume de vendas, que chegou a 482,9 mil toneladas no trimestre. Já o ebitda subiu para R$ 318,1 milhões, avanço de 39% na comparação anual, com margem ebitda  de 11,4%.

Além disso, a companhia destacou a geração de caixa operacional de R$ 530,2 milhões, um salto de 689% sobre o 3T24 — evidenciando maior disciplina financeira e melhor controle de estoques e contas a receber. No acumulado de 2025, o lucro líquido somou R$ 501,9 milhões.

Na visão da empresa, mesmo diante de um ambiente competitivo no mercado de alimentos embalados, o foco em mix de produtos, produtividade industrial e distribuição vem sustentando o avanço das margens.

O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) cresceu 17,8%, principalmente pelo aumento de 15,2% nos volumes vendidos. A participação sobre a receita líquida passou de 70,8% para 72,0%, resultado do aumento de aproximadamente 17% do óleo de palma em dólar, em contraponto ao recuo do trigo em dólar em cerca de 13%.

No 3T25, o SG&A totalizou R$ 616,1 milhões, crescimento de 11,5% em relação ao 3T24, representando 22,1% da Receita Líquida. O aumento reflete, principalmente, o maior volume de vendas, que avançou 15,2% em relação ao 3T24.

No 3T25, o resultado financeiro foi positivo em R$ 11,8 milhões. Esse desempenho reflete o rendimento da nossa posição de caixa líquido.

A companhia encerrou o 3T25 com R$ 2,5 bilhões em caixa e R$ 721 milhões de caixa líquido (caixa maior que a dívida). Destaque para a geração de caixa operacional de R$ 530,2 milhões no 3T25, com liberação de R$ 205 milhões de capital de giro.

Os investimentos totalizaram R$ 62,7 milhões no 3T25 e R$ 204,4 milhões no 9M25, com destaque para investimentos em planejamento logístico e tecnologia para aumento de eficiência e produtividade.

A companhia encerrou  o trimestre com endividamento total de R$ 1.867,6 milhão (R$ 2.142,1 milhões no 3T24).

No pregão de sexta-feira (07/11), os papéis MDIA3 encerraram o dia cotados a R$ 29,28, queda de 0,10%, após oscilar entre R$ 29,04 e R$ 29,41 durante o dia. O desempenho do mercado pode refletir realização de lucros após a sequência de avanços recentes no setor de consumo na B3.

A M. Dias Branco é uma das maiores companhias de alimentos da América Latina, dona de marcas como Piraquê, Adria, Vitarella, Fortaleza e Isabela, atuando nos segmentos de massas, biscoitos, farinhas e produtos integrais.

Investidores que acompanham o setor de alimentação industrial veem a empresa como um case consistente de margem e geração de valor no longo prazo — especialmente em momentos de alta de preços agrícolas e mudanças no consumo das famílias.

VISÃO DO MERCADO

As ações da M. Dias Branco (MDIA3) registraram forte queda nesta segunda-feira (10), com o mercado reagindo negativamente ao desempenho fraco da companhia no terceiro trimestre. Por volta das 11h25 (horário de Brasília), os papéis recuavam 10,70%, negociados a R$ 26,13.

Segundo o JPMorgan, o trimestre foi marcado por números abaixo do esperado. A empresa até conseguiu aumentar os volumes, que chegaram a 483 mil toneladas graças a iniciativas comerciais e operacionais. No entanto, o EBITDA ficou 19,4% aquém das projeções do banco e 14,3% abaixo do consenso do mercado, refletindo margens pressionadas. O lucro líquido também desapontou, vindo 4,8% abaixo da estimativa do JPMorgan e 1,3% abaixo do consenso.

O banco destaca que houve crescimento de receita no comparativo sequencial, sustentado pelo maior volume vendido. Porém, essa melhora foi neutralizada pelo aumento de despesas de vendas, gerais e administrativas (SG&A), o que limitou a expansão das margens. Para os próximos trimestres, a companhia sinalizou continuidade na recuperação de volumes e melhorias operacionais, embora reconheça que a pressão nas margens deve continuar. Diante disso, o JPMorgan manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 33 por ação.

A XP Investimentos também avaliou o resultado como fraco e acredita que ele deve levar a revisões negativas nas projeções de lucro. A casa aponta que, embora os volumes tenham ficado próximos ao esperado, os preços médios recuaram 4% em relação ao trimestre anterior devido a um mix de vendas menos favorável — com maior participação de itens como farinha e óleos vegetais, que possuem margens menores que os produtos core da companhia. Esse movimento alterou a composição da receita, reduzindo margens e contribuindo para um EBITDA de R$ 318 milhões, 17% abaixo da expectativa da corretora.

O Itaú BBA também classificou os resultados como fracos, ressaltando que o trimestre era visto como um momento para consolidar a recuperação das margens. Porém, a compressão de 130 pontos-base reacendeu dúvidas sobre quando a empresa de fato conseguirá capturar plenamente os efeitos de sua nova estratégia comercial e da esperada redução de custos ao longo do ano. O banco manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 25.

Já o BBI destacou que, apesar da melhora em volumes e geração de caixa, a queda da margem bruta volta a levantar questionamentos sobre a consistência da retomada da rentabilidade. Para os analistas, o desafio agora é reconstruir a confiança do mercado após anos de forte volatilidade nos resultados. O banco reduziu suas projeções de EBITDA e lucro líquido para 2026 em 14% e 12%, respectivamente, além de cortar o preço-alvo de R$ 31 para R$ 28, mantendo recomendação neutra.

Em resumo, o trimestre trouxe sinais positivos no volume, mas a pressão nas margens segue sendo o ponto central — e o principal fator por trás do humor mais cauteloso dos investidores no pregão.

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