
O pré-mercado desta quinta-feira, 6 de novembro de 2025, começa com tom de cautela nos principais índices futuros norte-americanos, que operam em leve baixa. O movimento reflete uma combinação de fatores globais e locais, incluindo a reavaliação das ações de empresas de inteligência artificial, o impacto das tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump e a leitura do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve o tom duro sobre os juros no Brasil.
Nos Estados Unidos, os investidores demonstram menor preocupação com as avaliações elevadas das empresas de tecnologia, especialmente as ligadas à inteligência artificial. A AMD surpreendeu positivamente ao divulgar resultados acima do esperado no terceiro trimestre, o que impulsionou seus papéis em mais de 2%. O otimismo se espalhou para outras companhias do setor, como Broadcom e Micron, que avançaram 2% e 9%, respectivamente. A audiência da Suprema Corte norte-americana sobre as tarifas comerciais também trouxe alívio, ao sinalizar uma possível flexibilização das medidas impostas por Trump.
No Brasil, o Ibovespa (BOV:IBOV) pode enfrentar um dia de realização de lucros, após acumular 11 pregões consecutivos de alta e atingir a marca histórica de 153 mil pontos. A expectativa de que o Copom adotaria um tom mais brando foi frustrada. O comunicado manteve a estratégia de juros altos por um período prolongado (“high for longer”), não retirou o termo “bastante longo” e ainda deixou em aberto a possibilidade de novas altas, caso o cenário inflacionário se deteriore.
Esse posicionamento do Banco Central tende a provocar ajustes nos contratos de juros futuros (DI), enfraquecendo as apostas de corte da Selic já em janeiro de 2026. O mercado, que vinha precificando uma flexibilização monetária mais rápida, agora deve recalibrar suas projeções, o que pode impactar negativamente os ativos de risco no curto prazo.
Na agenda econômica do dia, os investidores acompanham decisões de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE) e do Banco Central do México (Banxico), além da divulgação da balança comercial brasileira. Esses eventos podem adicionar volatilidade aos mercados, especialmente em um contexto de transição de expectativas sobre juros globais.
No campo corporativo, o destaque fica por conta da divulgação dos resultados do terceiro trimestre da Petrobras (BOV:PETR4), Renner (BOV:LREN3) e Magazine Luiza (BOV:MGLU3), todos após o fechamento do pregão. A expectativa é de números sólidos, especialmente para a estatal, que recentemente obteve vitória judicial relevante e anunciou medidas de eficiência operacional.
A performance das ações de inteligência artificial no exterior pode influenciar positivamente o setor de tecnologia na B3, enquanto o tom mais duro do Copom pode pressionar os papéis de varejo e construção civil, mais sensíveis à taxa de juros. O mercado também deve monitorar os comentários de dirigentes do Federal Reserve, que participam de eventos públicos ao longo do dia.
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O pré-mercado desta quinta-feira (06/11) mostra os índices futuros dos Estados Unidos em leve queda, com o Dow Jones (CCOM:US30) recuando 0,25%, o S&P 500 (CCOM:US500) caindo 0,29% e o Nasdaq (CCOM:US100) perdendo 0,42%. O movimento reflete cautela dos investidores diante de balanços corporativos e expectativas sobre política monetária. Na Ásia, o dia foi de alta generalizada, com destaque para o Hang Seng de Hong Kong (+2,12%) e o Nikkei 225 do Japão (+1,34%), impulsionados por resultados positivos de empresas de tecnologia. Já o Nifty 50 da Índia caiu 0,24%, destoando da região.
Na Europa, os principais índices operam no vermelho antes da abertura, com o CAC 40 (EU:PX1) da França liderando as perdas (-0,71%), seguido pelo DAX (DBI:DAX) da Alemanha (-0,38%) e o FTSE MIB (BITI:FTSEMIB) da Itália (-0,42%). O petróleo apresenta leve alta, com o WTI cotado a US$ 59,67 (+0,12%) e o Brent a US$ 63,56 (+0,06%). O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian subiu 0,65%, cotado a 777,50 iuanes (US$ 109,10). Já o Bitcoin recua 0,68%, negociado a US$ 103.245,79, refletindo ajustes técnicos após dias de forte volatilidade.
Indicadores, balanços e eventos decisivos no mercado financeiro nesta quinta-feira
A agenda econômica desta quinta-feira (06/11) promete movimentar os mercados globais desde as primeiras horas do dia. Às 07h00, a zona do euro divulga os dados de vendas no varejo de setembro, enquanto às 09h00 o Banco Central do Reino Unido anuncia sua decisão sobre a taxa de juros, em meio a expectativas de manutenção do aperto monetário. No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) apresenta a balança comercial de outubro às 15h00, e às 16h00 será a vez do Banco Central do México decidir sua política de juros, o que pode influenciar os mercados emergentes.
Além dos indicadores, o dia será marcado por uma série de eventos relevantes. Às 10h30, o presidente Lula abre a cúpula de líderes da COP-30, com foco em políticas climáticas e transição energética. Nos Estados Unidos, diversos dirigentes do Federal Reserve participam de eventos públicos ao longo do dia, incluindo Michael Barr, John Williams, Beth Hammack, Christopher Waller, Anna Paulson e Alberto Musalem. As falas desses membros podem trazer pistas sobre os próximos passos da política monetária norte-americana e influenciar os ativos de risco.
No campo corporativo, os investidores devem ficar atentos à divulgação de resultados trimestrais. Nos EUA, antes da abertura, a ConocoPhillips apresenta seu balanço. No Brasil, após o fechamento do pregão, será a vez de grandes nomes como Petrobras (BOV:PETR4), Magazine Luiza (BOV:MGLU3), Lojas Renner (BOV:LREN3), Suzano (BOV:SUZB3), Assaí (BOV:ASAI3), Smartfit (BOV:SMFT3), Stone (BOV:STNE), entre outros. A expectativa é de números robustos, especialmente para empresas ligadas ao consumo e commodities, o que pode gerar forte impacto nos preços das ações na sexta-feira.
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