Petrobras fecha em queda nesta quarta-feira com pressão do petróleo e negociações sindicais

Ações PETR3 e PETR4 recuam na B3. ADRs PBR e PBR.A também caem em Nova York. Queda do petróleo e negociações com petroleiros pesam sobre os papéis da estatal.

Na B3, as ações ordinárias da Petrobras (BOV:PETR3) recuaram 2,99%, encerrando o dia cotadas a R$ 34,35. Já os papéis preferenciais (BOV:PETR4) caíram 2,56%, fechando a R$ 32,35. O movimento de baixa acompanhou a forte desvalorização do petróleo no mercado internacional, além de ruídos internos que seguem no radar dos investidores.

Nos Estados Unidos, os ADRs da Petrobras também não escaparam da pressão. Os papéis ordinários (NYSE:PBR) caíram 3,71%, fechando a US$ 12,97, enquanto os preferenciais (NYSE:PBR.A) recuaram 3,55%, cotados a US$ 12,21. A queda foi mais acentuada do que a registrada por outras petroleiras globais, o que reforça a percepção de que fatores domésticos também estão influenciando o desempenho da companhia.

No mercado de commodities, o petróleo teve um dia de forte correção. O barril do Brent (CCOM:OILBRENT) caiu 3,61%, encerrando a US$ 62,615, enquanto o WTI (CCOM:OILCRUDE) recuou 4,15%, cotado a US$ 58,50. A queda foi motivada por sinais de excesso de oferta global e pela manutenção de projeções conservadoras para 2026 por parte do Departamento de Energia dos EUA.

Entre os fatores que impactaram a Petrobras hoje, destacam-se as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho com a Federação Única dos Petroleiros (FUP). A categoria permanece em estado de greve, e a falta de avanços concretos nas conversas aumenta a percepção de risco entre os investidores. Além disso, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) apontou uma defasagem de 8% no preço do diesel S-10 da estatal em relação ao mercado internacional, o que pode exigir ajustes futuros.

Apesar do lucro robusto de R$ 32,7 bilhões no terceiro trimestre e do anúncio recente de dividendos, o mercado parece mais atento aos riscos de curto prazo. A combinação de petróleo em queda, incertezas trabalhistas e dúvidas sobre a política de preços da companhia tem pesado sobre os papéis da Petrobras.

Na comparação com outras gigantes do setor, a Petrobras teve desempenho inferior. A Exxon Mobil (NYSE:XOM) caiu 1,39%, a Chevron (NYSE:CVX) recuou 1,87% e a Shell (LSE:SHEL) perdeu 0,66%. Já a italiana ENI (EU:E) caiu 0,50% e a norueguesa Equinor ASA (NYSE:EQNR) recuou 1,94%. A TotalEnergies (NYSE:TTE) teve leve baixa de 0,07%. Ou seja, mesmo em um dia negativo para o setor, a Petrobras foi uma das mais penalizadas.

A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.