Strategy enfrenta pressão com possível exclusão da MSCI, mas Cowen mantém visão otimista

A Strategy (NASDAQ:MSTR) segue sob forte pressão após a TD Cowen alertar que a MSCI deve remover as PBTCs de todos os seus índices em fevereiro, decisão considerada “caprichosa” pelos analistas. A exclusão formal deve ser anunciada em meados de janeiro, ampliando temores de vendas forçadas.

A medida preocupa o mercado porque a Strategy possui cerca de US$ 9 bilhões em veículos passivos e capitalização próxima de US$ 59 bilhões. O JPMorgan estima que a saída dos índices MSCI pode provocar resgates automáticos de US$ 2,8 bilhões, chegando a US$ 8,8 bilhões caso outros benchmarks sigam o mesmo caminho.

As ações já refletem esse estresse: o prêmio sobre o valor patrimonial caiu para pouco acima de 1,1, a menor leitura desde o início da pandemia, enquanto o papel acumula queda superior a 60% desde novembro passado. O Bitcoin também perdeu força, recuando de mais de US$ 126 mil para cerca de US$ 88 mil.

Apesar disso, a Cowen sustenta visão construtiva. Os analistas projetam que a Strategy pode deter 815 mil BTC até 2027, sustentando preço-alvo de US$ 585 por ação — cerca de 170% acima dos níveis atuais. A TD Securities reforça esse cenário com meta de US$ 535, baseada em valor intrínseco estimado em US$ 540 por ação.

Michael Saylor minimiza o impacto da exclusão e afirma que a empresa continua operando normalmente, com receitas vindas integralmente do negócio de software, avaliado em US$ 500 milhões. Ele destaca ainda instrumentos de crédito estruturados em Bitcoin, como STRK (NASDAQ:STRK) e STRC (NASDAQ:STRC), e projeta acumular US$ 1 trilhão em BTC no longo prazo.

A volatilidade recente também decorre da queda do Bitcoin, que agora precisa manter suporte acima de US$ 84 mil para evitar recuos rumo a US$ 75 mil ou até a região de US$ 58 mil, próximo do nível de Fibonacci em US$ 57.700. Mesmo assim, a Strategy ampliou compras e já detém mais de 3% de toda a oferta da moeda.

Enquanto a exclusão pode gerar ruídos no curto prazo, analistas argumentam que o movimento não altera a tese estrutural da empresa. Para a Cowen, um viés contra a Strategy é, na prática, um viés contra o Bitcoin — e a recuperação da criptomoeda deve impulsionar novamente o desempenho das ações.

As ações da empresa fecharam em alta de 5% na segunda-feira, 24 de novembro de 2025. A Strategy também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:M2ST34).

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