Taesa cresce 5,2% no lucro do 3T25 e avança em eficiência financeira

Taesa registra alta de 5,2% no lucro do 3T25 e reduz dívida líquida — desempenho reforça solidez financeira da transmissora

A Taesa (BOV:TAEE11), uma das principais transmissoras de energia elétrica do país, divulgou nesta quarta-feira (12/11) um lucro líquido consolidado de R$ 323,3 milhões no terceiro trimestre de 2025, representando uma alta de 5,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A receita líquida regulatória somou R$ 650,5 milhões, crescimento de 9,8% em base anual, enquanto o Ebitda avançou 12,6%, atingindo R$ 548,8 milhões — reflexo do bom desempenho operacional e do controle de custos financeiros.

Os Custos, Despesas e Depreciação e Amortização totalizaram R$ 233,0 milhões no 3T25, 21,4% maior quando comparado ao 3T24. Os custos de PMSO somaram R$ 101,7 milhões, registrando uma queda anual de 3,1%.

Com uma dívida líquida de R$ 9,35 bilhões, a empresa reduziu seu endividamento em 1,7% frente ao trimestre anterior, mantendo sua alavancagem estável em 4,1 vezes o Ebitda. O resultado demonstra a solidez e previsibilidade do fluxo de caixa da Taesa, mesmo em um ambiente de juros ainda elevados.

O Resultado de Equivalência Patrimonial Regulatória no 3T25 apresentou uma queda de 15,1% na comparação com 3T24, explicado principalmente pelo (i) aumento de despesas financeiras em função da alta do CDI, impactando a TBE, e das captações de Aimorés e Paraguaçu emitidas em junho de 2025, e (ii) contabilização retroativa de IRPJ no 3T24 referente à renovação do benefício fiscal SUDAM da EATE (TBE). Estes efeitos foram compensados pelo (i) reajuste inflacionário no ciclo da RAP 2025-2026, (ii) aumento da receita financeira pela alta do CDI, (iii) redução de despesas financeiras em Ivaí devido à queda do IPCA, e (iv) redução de PV, majoritariamente em Aimorés.

A despesa financeira líquida regulatória totalizou R$ 227,0 milhões no 3T25, 7,8% maior que o registrado no 3T24. Nos primeiros 9 meses de 2025, a despesa financeira líquida regulatória totalizou R$ 798,4 milhões, 11,6% maior na comparação anual.

No 9M25, a Companhia, suas controladas, investidas em conjunto e coligadas investiram o total de R$ 1.297,1 milhões contra R$ 683,5 milhões investidos no 9M24, referentes aos empreendimentos em implantação. O aumento de R$ 613,6 milhões entre os períodos comparados se deve, principalmente, aos maiores investimentos nos empreendimentos Tangará, Ananaí e Saíra (2ª fase) e nos reforços de ATE, São Pedro, e ATE III. Estes efeitos foram compensados por menores investimentos nos empreendimentos de Pitiguari e nos reforços de Novatrans e TSN em função das energizações ocorridas entre novembro 2024 e setembro de 2025.

A companhia destacou que os números reforçam a consistência do seu modelo de negócios, com contratos de longo prazo e foco em eficiência operacional. Analistas do setor elétrico avaliam que o desempenho reafirma o perfil de resiliência da transmissora, que segue como uma das preferidas entre investidores que buscam dividendos consistentes na B3.

No pregão desta quarta-feira (12/11), as ações da Taesa (TAEE11) avançavam 3,91%, cotadas a R$ 44,10, após abrirem o dia a R$ 42,65. Durante a manhã, os papéis oscilaram entre a mínima de R$ 42,55 e a máxima de R$ 44,52 — nova máxima em 52 semanas.

A Taesa atua na transmissão de energia elétrica, operando e mantendo linhas que conectam diferentes regiões do país. Controlada pela Cemig (BOV:CMIG4) e ISA Cteep (BOV:TRPL4), a companhia é reconhecida pela alta distribuição de dividendos, sendo uma das queridinhas dos investidores de longo prazo no setor elétrico.