Vendas de cimento crescem 7,2% em outubro, diz Snic

A comercialização de cimento no Brasil registrou um crescimento de 7,2% em outubro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, alcançando 6,3 milhões de toneladas. O avanço foi sustentado por vendas mais fortes em praticamente todas as regiões do país, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (07/11/2025) pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic).

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Com esse desempenho, o acumulado de 2025 chegou a 56,57 milhões de toneladas, representando alta de 3,6% sobre o mesmo período de 2024. O Snic passou a projetar um crescimento anual de até 3%, revisão otimista em relação à estimativa anterior, que variava entre 1% e 1,5%.

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“Essa perspectiva se ancora em duas frentes principais: a força do Minha Casa Minha Vida, que deve gerar uma demanda adicional de 2,5 a 3 milhões de toneladas de cimento por ano, e os investimentos contínuos em infraestrutura, com destaque para habitação e a forte expansão do pavimento de concreto rodoviário e urbano”, afirmou o Snic em comunicado à imprensa.

O avanço das vendas reflete o impacto direto do reaquecimento do setor da construção civil, impulsionado por programas públicos de habitação e pela retomada de obras de infraestrutura. Caso essa tendência se mantenha, o mercado pode observar uma valorização gradual nas ações de Votorantim Cimentos (BOV:VIVA3) e CSN Cimentos (BOV:CSNA3), que tendem a se beneficiar de uma demanda mais sólida e margens de produção mais elevadas.

No cenário macroeconômico, o resultado também reforça a percepção de que o segmento de construção segue contribuindo positivamente para o crescimento do PIB brasileiro, podendo influenciar expectativas sobre juros e investimentos. A continuidade dos incentivos ao crédito imobiliário e dos projetos federais deve sustentar o ritmo de consumo de cimento nos próximos meses.

Mesmo sem uma cotação específica do cimento disponível na ADVFN, os dados divulgados pelo Snic evidenciam um momento de resiliência do setor, com perspectivas de expansão moderada, porém consistente, até o fim de 2025 — um sinal de otimismo dentro de um cenário econômico ainda desafiador.

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