A atividade do setor privado do Reino Unido desacelera em novembro

A economia do Reino Unido entrou em novembro com sinais mais claros de desaceleração, segundo o relatório final da S&P Global divulgado nesta quarta-feira. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de Produção Composta recuou de 52,2 em outubro para 51,2 em novembro, indicando que o ritmo de expansão perdeu intensidade e aproximou-se perigosamente da zona que sinaliza estagnação.

O setor de serviços, considerado o coração da economia britânica, também sentiu esse esfriamento. O Índice de Atividade Empresarial do PMI de Serviços caiu de 52,3 em outubro para 51,3 em novembro, reforçando a percepção de que o ambiente de negócios ficou mais desafiador e que o otimismo diminuiu diante das expectativas econômicas mais fracas do país.

O relatório trouxe ainda comentários que reforçam essa deterioração do cenário. Conforme destacou Tim Moore, diretor de economia da S&P Global Market Intelligence: “Os dados de novembro revelaram um fim abrupto à melhoria constante nas carteiras de encomendas observada desde o verão. Condições desfavoráveis de demanda foram sinalizadas tanto no mercado interno quanto no de exportação. A redução da carga de trabalho levou a uma nova desaceleração no crescimento da atividade empresarial em todo o setor de serviços do Reino Unido, com a expansão mais recente sendo muito mais fraca do que a tendência pós-pandemia”.

Como esse conjunto de indicadores não está ligado a empresas listadas especificamente, o impacto tende a se refletir de forma mais ampla nos ativos britânicos. Em um ambiente de atividade moderada, índices como o FTSE 100 (LSE:UKX) costumam reagir com volatilidade, enquanto o câmbio pode registrar pressão sobre a Paridade Dólar Americano e Libra Esterlina (FX:USDGBP). No mercado de títulos, a expectativa de crescimento mais fraco costuma favorecer queda nos rendimentos dos gilts, à medida que investidores buscam proteção.

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