
O mês de dezembro chegou com um volume excepcional de distribuição de renda para os acionistas. Um total de 37 empresas listadas na B3) estão remunerando seus investidores ao longo das últimas semanas, em um movimento claramente impulsionado pela mudança nas regras tributárias. A reforma do Imposto de Renda, que passará a tributar em 10% os proventos mensais acima de R$ 50 mil a partir de 2026, criou uma corrida para antecipar lucros. A isenção se mantém para resultados apurados até 31 de dezembro de 2025, mesmo que o pagamento ocorra até 2028. Esse detalhe técnico fez com que conselhos de administração de diversas companhias acelerassem suas decisões de distribuição.
Os bancos foram alguns dos primeiros a movimentar o caixa dos investidores. Itaú Unibanco (BOV:ITUB4) realizou o pagamento de R$ 0,01765 por ação. Banco Bradesco (BOV:BBDC4) distribuiu R$ 0,01897 por papel. Já o Banestes (BOV:BEES3) entregou R$ 0,02374 por ação. Esses valores ajudaram a compor um volume robusto logo no início do mês. O calendário também foi reforçado por empresas como Vulcabras (BOV:VULC3), Allos (BOV:ALOS3) e Mitre Realty (BOV:MTRE3), com pagamentos variando entre dividendos e juros sobre capital próprio (JCP).
Entre os grandes nomes, a Petrobras (BOV:PETR3 | BOV:PETR4 | NYSE:PBR) programou um significativo pagamento para segunda-feira (22/12), incluindo dividendos e JCP. A companhia segue como uma das maiores pagadoras da bolsa de valores. A Axia Energia (BOV:AXIA3 | BOV:AXIA5 | BOV:AXIA6) também se destaca com valores expressivos, superiores a R$ 1,50 por ação, com data de crédito para quinta-feira (19/12). No setor imobiliário, a Construtora Cury (BOV:CURY3) efetuará uma distribuição de R$ 0,85653 por ação dia 04/12.
A agenda permanece aquecida até o final do ano. Companhias como Gerdau (BOV:GGBR3 | BOV:GGBR4), Metalúrgica Gerdau (BOV:GOAU3 | BOV:GOAU4), Energisa (BOV:ENGI11) e Celesc (BOV:CLSC3 | BOV:CLSC4) estão entre as que ainda vão remunerar seus acionistas, confirmando a estratégia setorial de antecipação de lucros diante da nova realidade fiscal.
Possíveis impactos nos preços das ações. Esse fluxo concentrado de proventos pode gerar efeitos técnicos imediatos nos preços dos ativos envolvidos. Na data ex-dividendos (quando o direito ao pagamento é desvinculado da ação), é comum observar ajustes nos preços das ações, que tendem a cair em valor próximo ao montante distribuído. No curto prazo, essa pressão vendedora técnica pode criar volatilidade. No entanto, para investidores de longo prazo focados em renda, a antecipação robusta de pagamentos é vista de forma positiva, pois adianta o fluxo de caixa e otimiza a questão tributária. Empresas com histórico de bons pagamentos, como as citadas, podem ver reforçada sua atratividade, sustentando a demanda por seus papéis após o ajuste técnico inicial.
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