Brasil: Volume de serviços fica em 0,3% em outubro

O setor de serviços variou 0,3% na comparação com setembro em dados dessazonalizados. Esse desempenho marca o nono mês consecutivo de crescimento, acumulando alta de 3,7% no período e levando o segmento a operar 20,1% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020.

Na leitura sem ajuste sazonal, frente a outubro de 2024, o setor registrou avanço de 2,2%, consolidando 19 meses de crescimento contínuo. O acumulado no ano atingiu 2,8%, repetindo a taxa observada em 12 meses, embora desacelerando em relação ao período encerrado em setembro, quando o acumulado estava em 3,1%.

O crescimento mensal de 0,3% foi sustentado pelas cinco atividades pesquisadas. Entre elas, o grupo de transportes se destacou com alta de 1,0%, alcançando o terceiro avanço consecutivo e somando crescimento de 2,4% no período. Os demais setores também registraram resultados positivos: informação e comunicação (0,3%), outros serviços (0,5%), serviços profissionais e administrativos (0,1%) e prestados às famílias (0,1%). Apesar dos avanços, alguns desses segmentos perderam tração na comparação com setembro.

A média móvel trimestral apontou uma expansão de 0,4% no trimestre encerrado em outubro. Quatro das cinco atividades acompanharam a trajetória positiva, especialmente outros serviços (1,1%) e transportes (0,8%). Informação e comunicação subiu 0,3%, enquanto os serviços prestados às famílias avançaram 0,2%. Já os serviços profissionais e administrativos permaneceram estáveis.

Na comparação anual, o volume de serviços cresceu 2,2%, sustentado pelo bom desempenho de quatro das cinco atividades e pela expansão de metade dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, informação e comunicação se sobressaiu com incremento de 5,7%, impulsionado pelo avanço das receitas de empresas ligadas a portais, conteúdo digital, consultoria em tecnologia da informação, serviços de desenvolvimento de software e atividades de TV aberta.

Os demais setores também contribuíram para o resultado: transportes, serviços auxiliares e correio (1,3%), outros serviços (4,0%) e serviços prestados às famílias (0,3%). O avanço foi explicado, principalmente, pelo dinamismo de atividades como transporte rodoviário de cargas, transporte aéreo de passageiros, logística, seguros, corretoras, apoio à agricultura, coleta de resíduos, hotéis e eventos esportivos.

O único segmento a registrar queda foi o de serviços profissionais, administrativos e complementares, com recuo de 0,2%, influenciado por menores receitas em atividades jurídicas, aluguel de máquinas, serviços administrativos e organização de eventos.

No acumulado de janeiro a outubro, o setor cresceu 2,8%, com desempenhos positivos em quatro das cinco atividades e alta em 55,4% dos tipos de serviços. Informação e comunicação foi novamente o principal destaque, com alta de 5,5% apoiada pelo incremento nas receitas de empresas digitais, consultorias e serviços tecnológicos. Transportes avançou 2,8%, seguido por serviços profissionais e administrativos (2,2%) e pelos prestados às famílias (1,1%). Na direção contrária, outros serviços caíram 1,1%.

O avanço do setor se refletiu regionalmente: 15 das 27 unidades da federação registraram crescimento frente a setembro. Os maiores impactos positivos vieram de Rio de Janeiro (2,0%) e Paraná (2,5%), enquanto São Paulo (-0,6%), Rio Grande do Sul (-2,9%) e Distrito Federal (-3,9%) puxaram as perdas. Na comparação anual, 17 estados registraram alta, com destaque para São Paulo (2,9%), Rio de Janeiro (4,9%) e Distrito Federal (10,6%).

No segmento de turismo, o índice cresceu 0,8% em outubro, alcançando o terceiro avanço seguido e acumulando ganho de 2,1% no período. O setor opera 12,7% acima do nível pré-pandemia e apenas 1,0% abaixo de seu maior patamar histórico. Regionalmente, 13 dos 17 locais pesquisados acompanharam o movimento. Contudo, São Paulo registrou leve retração de 0,1%.

A comparação anual mostra que as atividades turísticas cresceram 1,6%, sustentadas por empresas de transporte aéreo, hotéis e serviços de bufê. No acumulado do ano, o avanço chega a 5,3%, espalhando-se por 15 das 17 localidades analisadas.

O transporte de passageiros avançou 2,3% em outubro, acumulando alta de 3,2% em três meses, enquanto o transporte de cargas subiu 0,9% no mês, em seu quinto aumento consecutivo. Em relação a outubro de 2024, passageiros avançaram 1,2% e cargas, 2,8%. No ano, o setor de passageiros cresceu 6,8%, e o de cargas, 1,1%.

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