
O dólar comercial encerrou a terça-feira (9) em alta de 0,26%, cotado a R$ 5,4349 na venda e R$ 5,434 na compra. A moeda oscilou entre a mínima de R$ 5,421 e a máxima de R$ 5,495 ao longo do dia, em que de volatilidade ampliada por notícias políticas e expectativas de juros.
As oscilações intradiárias mostraram sensibilidade do câmbio, com o avanço também acompanhando o movimento global da divisa: o índice DXY subiu 0,09%, para 98,869 pontos. Na comparação com outras moedas emergentes, o real voltou a figurar entre as divisas mais pressionadas da sessão.
O dólar acumula avanço moderado de 0,04% na semana e 1,87% no mês, enquanto mantém queda de 12,05% no ano.
A apreciação do real está agora sendo testado por fatores domésticos e ruídos fiscais. Hoje, o Ibovespa recuava 0,10% no fechamento preliminar, aos 158.033 pontos, apesar de ter revertido parte das perdas da visto na últimas sexta-feira. A combinação entre política doméstica, dados dos Estados Unidos e proximidade das decisões de juros manteve o índice com baixa convicção direcional.
As últimas declarações de Flávio Bolsonaro, que reiterou ser “irreversível” sua candidatura à Presidência em 2026, provocaram reação imediata no câmbio. Investidores avaliam maior risco de fragmentação da direita, o que pode alterar expectativas fiscais e aumentar a percepção de incerteza para ativos locais.
O encontro do senador com lideranças de PL, União Brasil e Progressistas não resultou em definições, mantendo o mercado atento ao posicionamento das siglas. Tudo indica que o ambiente político seguirá exercendo pressão sobre juros futuros e taxa de câmbio.
Analistas apontam que um cenário de divisão entre candidatos de direita pode elevar as chances de reeleição de Lula, leitura que tende a pressionar o prêmio de risco e o dólar. A memória recente de forte reação do mercado a sinalizações fiscais aumentou a sensibilidade dos investidores.
Superquarta influencia as expectativas do câmbio, enquanto dados do JOLTS reforçam tom de cautela
Brasil e Estados Unidos iniciaram hoje reuniões de política monetária. Lá fora, o consenso aponta para corte de 0,25 ponto percentual pelo Federal Reserve. Aqui, a expectativa dominante é pela manutenção da Selic em 15% ao ano, com dúvidas concentradas sobre o início do ciclo de cortes.
O relatório JOLTS de outubro registrou 7,67 milhões de vagas abertas, acima dos 7,15 milhões esperados. As contratações caíram para 5,149 milhões, apontando desaceleração gradual no mercado de trabalho, ampliando a importância do comunicado do Fed para calibrar expectativas futuras.
Informações da ADP mostram fragilidade das pequenas empresas
A ADP estimou criação média de 4.750 vagas por semana até 22 de novembro, mas novembro ainda teve saldo negativo de 32 mil postos. Pequenas empresas seguem sendo o elo mais fraco, com cortes concentrados em manufatura e serviços, o que limita a tração do mercado de trabalho americano.
Bolsas globais têm desempenho misto antes das decisões monetárias
Em Nova York, o Dow Jones caiu 0,37%, o S&P 500 caiu 0,09% e o Nasdaq avançou 0,13%. A autorização para que a Nvidia (NASDAQ:NVDA) (BOV:NVDC34) retome vendas de chips à China trouxe fôlego aos papéis de tecnologia, mas não mudou tanto o clima geral de cautela.
Na Europa, o STOXX 600 caiu 0,10%, acompanhado por recuos em Londres (-0,03%) e Paris (-0,69%). O DAX, por sua vez, subiu 0,49%.
A Ásia mostrou quedas acentuadas após Pequim sinalizar ausência de novos estímulos. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,29%, enquanto o CSI300 recuou 0,51%.
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