Dólar futuro e a luta pelos 5.400: análise técnica revela cenários de alta e queda

Com tendência de curto prazo lateralizada, investidores buscam definição: o dólar vai buscar os 5.490 ou os 5.380? Veja o mapa do preço.

O mercado de câmbio brasileiro inicia esta terça-feira, 16 de dezembro, em um estado de “suspensão técnica”. Às 9h15, os contratos de Mini Dólar (BMF:WDOF26) e Dólar Futuro (BMF:DOLF26) operavam com uma leve alta de 0,13%, cotado a 5.440,00 pontos. Esse movimento ocorre em um contexto onde o gráfico de curto prazo abandonou as tendências direcionais para se fixar em uma lateralidade que desafia a paciência de traders e investidores.

A abertura do pregão em 5.438,50, muito próxima ao fechamento anterior de 5.433,00, revela que o mercado está “sentado sobre o preço”, aguardando o gatilho fundamentalista do dia: o relatório de emprego (Payroll) dos EUA. A amplitude do movimento já se mostrou relevante logo cedo, com o ativo atingindo a máxima de 5.475,00, sinalizando que a volatilidade de 60 pontos por dia veio para ficar.

Para os compradores, o objetivo imediato é romper a barreira dos 5.460,00 e 5.470,00. Se o Payroll vier forte, indicando que os juros americanos podem demorar a cair, o dólar ganha tração para buscar o ponto de resistência em 5.490,00. Superar esse nível é vital para anular a tendência de baixa do gráfico diário e iniciar um movimento de recuperação mais robusto rumo aos 5.500,00.

Por outro lado, os vendedores estão de olho no suporte de 5.415,00. Se os dados americanos mostrarem fraqueza econômica e a Ata do Copom reforçar um tom suave (dovish), o dólar tem caminho livre para testar os 5.400,00 e 5.390,00. O “chão” do mercado no curto prazo parece estar nos 5.380,00, uma região que atraiu muitos compradores em pregões passados (como visto nos dias 1 e 2 de dezembro).

É importante notar que a formação atual de candles não favorece reversões bruscas sem um volume financeiro extraordinário. O investidor deve ser didático em sua abordagem: em mercados lateralizados, a estratégia de “comprar no suporte e vender na resistência” costuma ser mais eficiente do que tentar seguir rompimentos falsos. O risco de violonadas (oscilações bruscas que estopam operações) é alto devido ao range expandido.

O fechamento anterior em 5.433,00 serve como a “linha d’água” do dia. Permanecer acima deste patamar mantém o viés de alta intraday aceso, enquanto uma queda abaixo desse valor entrega o controle total aos ursos (vendedores) para o restante da tarde. Com a liquidez focada no vencimento de janeiro (F26), o ajuste de posições deve ser intenso após as 10h30.

Para o médio prazo, o comportamento do dólar hoje ditará se teremos um rali de final de ano ou uma consolidação estrutural. Se o suporte de 5.380,00 for perdido nesta semana, o ativo pode buscar níveis de novembro, na casa dos 5.330,00. No entanto, o cenário político em Brasília, com a votação de benefícios fiscais, é a variável que pode “melar” a análise puramente gráfica, trazendo ruídos inesperados.

Em suma, a terça-feira exige cautela. O posicionamento ideal para o trader de varejo é aguardar a poeira baixar após o Payroll. Operar dentro do range de 5.415 a 5.470 exige disciplina no stop loss, dado que o ativo está em uma zona de “briga” intensa entre grandes instituições financeiras.

O Que Esperar do Resto do Pregão?

Para o restante desta terça e o início de quarta-feira, o mercado deve se comportar da seguinte forma:

• Compradores devem torcer por: Um Payroll forte nos EUA e uma Ata do Copom que indique cautela com a inflação (mantendo juros altos aqui). O objetivo é fechar o dia acima de 5.470,00.

• Vendedores devem torcer por: Payroll fraco e sinalização clara de corte da Selic em janeiro pela Ata do Copom. O alvo de sucesso é o fechamento abaixo de 5.390,00.

• Posicionamento: Para o médio prazo, recomenda-se cautela em compras no topo do canal lateral. A melhor relação risco-retorno no momento parece estar nas extremidades: compras próximas a 5.380 ou vendas curtas próximas a 5.490, sempre com proteção.

A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.