
O mercado de ações brasileiro encerrou esta terça-feira (16/12) sob forte pressão vendedora. O Ibovespa (BOV:IBOV) acelerou as perdas na reta final do pregão e fechou na mínima do dia, com recuo de 2,42%, aos 158.568 pontos. O movimento refletiu um ambiente de maior aversão ao risco, intensificado pela repercussão política e pela queda expressiva das ações ligadas a commodities. O volume financeiro somou R$ 21,4 bilhões, acima da média móvel de 50 pregões (R$ 17,01 bilhões), indicando atuação intensa dos investidores. O contrato futuro de Ibovespa (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT) acompanhou a deterioração do índice à vista, reforçando o tom defensivo do mercado.
🏛️ Cenário político e macroeconômico pesa sobre o humor dos investidores
O principal vetor de pressão veio do noticiário político doméstico. A antecipação da divulgação da pesquisa eleitoral Genial/Quaest, após vazamento pela manhã, impactou diretamente o sentimento do mercado. O levantamento mostrou vantagem do presidente Lula em simulações de primeiro e segundo turno para as eleições de 2026, além de elevada rejeição ao senador Flávio Bolsonaro, elevando a percepção de risco político e questionamentos sobre a competitividade da oposição. No campo monetário, a ata do Copom foi interpretada como neutra, sem sinais claros de corte de juros no curto prazo, reforçando a expectativa de política monetária contracionista por período prolongado.
🌍 Exterior misto e queda do petróleo ampliam perdas
No cenário externo, os índices acionários norte-americanos encerraram sem direção única. Dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos mostraram geração de empregos acima do consenso, mas com alta da taxa de desemprego ao maior nível desde setembro de 2021, pressionando os yields das Treasuries. Além disso, a forte queda do petróleo Brent (CCOM:OILBRENT), diante de preocupações com excesso de oferta global e negociações de paz na Ucrânia, pesou sobre o setor de petróleo e gás, amplificando as perdas do Ibovespa.
🏢 Destaques corporativos: petróleo lidera quedas; Brava Energia destoa
No noticiário corporativo, as maiores quedas do índice ficaram concentradas no setor de petróleo, em linha com o tombo do Brent. As ações da Petrobras (BOV:PETR4 | BOV:PETR3 | NYSE:PBR), gigante integrada de energia, recuaram com força, assim como outros papéis do segmento. Na ponta positiva, a Brava Energia (BOV:BRAV3), focada em exploração e produção de óleo e gás no Brasil, destoou do setor e avançou após notícias envolvendo negociações para venda de ativos de gás e possível interesse estratégico da colombiana Ecopetrol. Entre as ações mais negociadas do dia, destaque para Petrobras (BOV:PETR4), Vale (BOV:VALE3) e Itaú Unibanco (BOV:ITUB4). O pregão foi marcado por rotação defensiva e redução de exposição ao risco.
📈 Juros futuros sobem e refletem aumento do prêmio de risco
O mercado de juros futuros também refletiu o aumento da percepção de risco doméstico. Os vértices da curva encerraram em alta de até 11,0 pontos-base, com movimentos mais intensos nos prazos longos, indicando maior prêmio de risco. Os vértices de curto e médio prazo também subiram, porém de forma mais moderada. O movimento ocorreu na contramão da queda das Treasuries yields, reforçando o caráter doméstico da pressão. Os contratos mais negociados de DI futuro (BMF:DI1FUT) avançaram, em meio à leitura de política monetária restritiva por mais tempo, ao cenário político e fiscal e ao leilão do Tesouro, que contou com venda parcial de NTN-Bs e LFTs.
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