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Minério de ferro se recupera nesta terça-feira (16/12) após tocar mínimas recentes

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Minério de ferro avança em Dalian e Singapura. Vale tem desempenho misto na B3 e recua na NYSE no pregão desta terça-feira (16/12).

O mercado de minério de ferro apresentou sinal de recuperação nesta terça-feira, 16 de dezembro de 2025, após a commodity ter encerrado a sessão anterior nos níveis mais baixos dos últimos meses. O movimento foi interpretado como um ajuste técnico, apoiado por expectativas pontuais de recomposição de estoques na China, principal consumidora global da matéria-prima, ainda que o cenário estrutural siga desafiador.

Na Bolsa de Dalian, o contrato mais ativo do minério de ferro registrou um pregão de alta, refletindo a entrada de compradores após as quedas recentes. O minério abriu o dia em torno de 753 iuanes, avançou até a máxima próxima de 765 iuanes, não renovou mínimas relevantes e fechou a sessão cotado a 761 iuanes por tonelada, com variação positiva de 8 iuanes, o equivalente a +1,06%.

Já no mercado internacional de derivativos, o contrato de referência do minério de ferro em Singapura (CCOM:IRONORE) também encerrou o dia em leve alta. O ativo iniciou o pregão na faixa de US$ 101,44, oscilou de forma moderada ao longo da sessão asiática, atingiu máxima próxima de US$ 102,20 e fechou a US$ 101,95 por tonelada, com ganho de 0,41% no dia.

Apesar da melhora pontual dos preços da commodity, a reação das ações da Vale (BOV:VALE3) na B3 foi moderada. O papel encerrou o pregão em leve alta de 0,38%, cotado a R$ 69,29, refletindo um equilíbrio entre o alívio trazido pela recuperação do minério e as preocupações com o ambiente macroeconômico doméstico. Nos Estados Unidos, os ADRs da companhia negociados como Vale (NYSE:VALE) fecharam em queda de 0,47%, a US$ 12,71, mostrando maior cautela por parte do investidor estrangeiro.

No Brasil, outras empresas ligadas ao setor de mineração tiveram desempenho misto. A CSN Mineração (BOV:CMIN3) recuou 0,71%, encerrando a R$ 5,61, enquanto o mercado segue atento à sensibilidade dessas companhias às oscilações do minério no mercado internacional.

Entre as mineradoras internacionais, o cenário também foi heterogêneo. Na Austrália, a BHP (ASX:BHP) terminou o pregão em queda de 0,32%, refletindo uma postura mais conservadora dos investidores diante das perspectivas de demanda no médio prazo. Já a Rio Tinto (LSE:RIO) conseguiu encerrar o dia em alta de 0,55%, apoiada por expectativas positivas em outros metais e ajustes específicos de portfólio.

Nos Estados Unidos, empresas do setor siderúrgico e de mineração mostraram reação mais construtiva. A Cleveland-Cliffs (NYSE:CLF) avançou 1,72%, beneficiada pela recuperação do minério e por expectativas relacionadas à demanda industrial norte-americana. Em contrapartida, a ArcelorMittal (NYSE:MT) fechou em queda de 0,95%, refletindo um ambiente ainda cauteloso para o aço no mercado global.

Fatores que influenciaram o mercado de minério de ferro

  • Expectativa de recomposição de estoques por siderúrgicas chinesas antes do feriado do Ano Novo Lunar.

  • Ajuste técnico após a commodity atingir mínimas de vários meses na sessão anterior.

  • Limitações pontuais de oferta de minério de médio teor, que ajudaram a sustentar os preços no curto prazo.

  • Contraponto de estoques ainda elevados nos portos chineses e menor ritmo da construção civil durante o inverno no hemisfério norte.

O movimento desta terça-feira reforça que o mercado de commodities segue altamente sensível a fatores sazonais e expectativas de curto prazo, enquanto o cenário estrutural continua exigindo cautela. Para o investidor brasileiro, acompanhar o comportamento do minério de ferro segue sendo fundamental para entender os movimentos das ações do setor de mineração.

Para monitorar o minério de ferro e outras commodities em tempo real, acompanhe a Central de Commodities da ADVFN.


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