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UE debate acordo com Mercosul em meio a apoio alemão e espanhol. França pede adiamento

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O chanceler alemão Friedrich Merz e o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez solicitaram nesta quinta-feira (18/12) que os líderes da União Europeia apoiem a assinatura de um pacto de livre comércio com o bloco Mercosul. A iniciativa, porém, encontrou resistência do presidente francês Emmanuel Macron, que afirmou que o acordo ainda não está maduro para ser fechado. O tema foi discutido durante uma cúpula em Bruxelas, em um momento de forte pressão geopolítica e econômica sobre o bloco europeu.

O acordo comercial entre União Europeia e Mercosul vem sendo negociado há cerca de 25 anos e, caso seja concluído, será o maior da UE em termos de cortes tarifários. Alemanha, Espanha e países nórdicos defendem que o pacto pode impulsionar as exportações europeias, especialmente diante das tarifas impostas pelos Estados Unidos, além de reduzir a dependência da China ao ampliar o acesso a minerais estratégicos.

“Esse acordo comercial é o primeiro de muitos que devem vir para que a Europa ganhe peso geoeconômico e geopolítico em um momento em que está sendo questionada por adversários claros, como (o presidente russo Vladimir) Putin, ou mesmo por aliados tradicionais”, disse Sánchez.

Merz também pressionou por uma decisão rápida durante a cúpula focada na Ucrânia. “Se a União Europeia quiser manter a credibilidade na política comercial global, as decisões devem ser tomadas agora”, afirmou o chanceler alemão.

Apesar do apoio, o pacto enfrenta forte oposição interna. Críticos temem que commodities mais baratas provenientes do Mercosul inundem o mercado europeu, prejudicando produtores locais. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, está pronta para viajar ao Brasil para assinar o acordo concluído no ano passado com Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, mas ainda depende do aval dos governos da UE.

Para a aprovação, é necessária uma maioria de ao menos 15 países que representem 65% da população do bloco. Polônia e Hungria já se posicionaram contra, enquanto França e Itália demonstram preocupação com os impactos sobre agricultores, especialmente diante do possível aumento das importações de carne bovina, açúcar e aves.

“Não estamos prontos”, diz Macron. A França, maior produtora de carne bovina da União Europeia, tem liderado o movimento por um adiamento. “Neste momento, não estamos prontos; os números não batem para assinar esse acordo”, disse Macron, acrescentando que a França estava trabalhando com Polônia, Bélgica, Áustria e Irlanda para forçar um adiamento.

Na quarta-feira, parlamentares e governos da UE chegaram a um acordo provisório sobre salvaguardas para limitar importações de produtos agrícolas sensíveis, como carne bovina e açúcar, além de reduzir resistências políticas. A Comissão Europeia também deve divulgar uma declaração se comprometendo a garantir padrões de produção compatíveis. Ainda assim, Macron voltou a defender reciprocidade regulatória, citando a necessidade de barrar produtos cultivados com pesticidas proibidos na UE.

A tensão se refletiu nas ruas de Bruxelas. Cerca de 150 tratores se concentraram nas proximidades da cúpula, com bloqueios de vias e protestos em frente ao Parlamento Europeu. “Por que importar açúcar do outro lado do mundo quando produzimos o melhor aqui mesmo? Parem o Mercosul”, dizia uma placa exibida em um dos tratores. A polícia montou barreiras, fechou túneis e manteve tropas de choque e canhões de água em prontidão.

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