OGPar e OGX esclarecem pontos de depoimento de Mônica Moura na Lava Jato
12 Maio 2017 - 11:30AM
ADVFN News
A Óleo e Gás Participações e a OGX (BOV:OGXP3), em recuperação
judicial, esclarecem pontos do depoimento de Mônica Moura, no
âmbito da Operação Lava Jato, sobre valores não oficiais para a
campanha de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo.
As empresas negam pagamentos feitos pela OGX ou contratos
firmados pela empresa Golden Rock e esclarecem que Flavio Godinho
não integrava função administrativa nas companhias em 2012/2013
Segundo trechos publicados na imprensa, Monica Moura procurou o
executivo Flavio Godinho, da OGX, no escritório da empresa no Rio
de Janeiro, que exigiu que o valor fosse pago no exterior, sendo
então realizado depósito na conta da Shellbill.
Contudo, para o pagamento, Flavio Godinho exigiu a elaboração de
um contrato fictício entre a Shellbill e uma offshore do Eike
Batista de nome Golden Rock, localizada no Panamá. “Já desesperados
para receber os valores, Monica teve que aceitar fazer o contrato,
sendo que após, em meados de 2013, foi firmado o contrato e
realizada a transferência dos valores.”
De acordo com a OGX, em fator relevante enviado à Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), Godinho não exerce e não exercia cargos
de administração na companhia em 2012/2013. A empresa também
esclarece que não há registro de pagamentos feitos pela OGX ou
controladas ou mesmo contrato.
“A empresa Golden Rock, mencionada nas matérias e citada nos
documentos, não integra a estrutura societária das companhias”,
informou a empresa, no documento. “Mesmo diante do exposto no item
acima, ao tomar conhecimento das referidas matérias e documentos,
os diretores das companhias iniciaram imediatamente uma busca nos
registros contábeis e de pagamentos das companhias e suas
controladas, não tendo sido identificado qualquer transferência de
valores à Shellbill”, declarou a OGX.
A OGX reiterou ainda que Eike Batista não exerce função
administrativa na companhia, seja na diretoria ou no conselho. “As
companhias estão, desde 2013, integralmente focadas no cumprimento
de seus respectivos planos de recuperação judicial, os quais
contaram com aprovação maciça dos credores, e nos compromissos
assumidos junto aos demais stakeholders”.7
(Por Marcelle Gutierrez)