Carrefour (CRFB3) divulga R$ 15,8 bilhões de vendas no 1T20; Confira as principais recomendações
28 Abril 2020 - 3:15PM
ADVFN News
As vendas consolidadas do Grupo Carrefour
Brasil (BOV:CRFB3) atingiram R$ 15,881 bilhões no
primeiro trimestre de 2020, um crescimento de 12,2% em comparação
ao mesmo período de 2019. De acordo com fato relevante divulgado
pela empresa, a estratégia de expansão nos formatos de atacado e
proximidade nos últimos 12 meses foi responsável pelo crescimento
adicional de 4,3%.
A receita bruta do Atacadão atingiu R$ 10,8 bilhões no primeiro
trimestre, representando um crescimento total de 13,6%. O
crescimento foi intensificado pelo movimento de estocagem
pré-quarentena visto no varejo de alimentos.
As vendas do Carrefour Varejo sem gasolina, cresceram 9,1%
incluindo o marketplace, atingindo R$ 4,5 bilhões. “Assim como o
Atacadão, o Varejo também observou um aumento do tíquete médio e
uma redução no número de tíquetes, reflexo da estocagem de
alimentos e compras mais concentradas”, diz o documento.
BTG Pactual
O BTG Pactual diz que é um negócio resiliente para navegar pela
crise e achou os números fortes, na esteira do crescimento da
demanda por alimentos decorrentes da pandemia.
“Apesar de reconhecermos a resiliência, no curto prazo, dos
varejistas de alimentos, com grande visibilidade de lucros, quando
comparados com outros segmentos de varejo, mantemos nosso rating
neutro para o Carrefour”, dizem os analistas do banco.
O argumento é que a recomendação é baseada na “forte
competição de concorrentes regionais, no front estrutural, e em
precificação menos atrativa, quando comparada ao Pão de Açúcar”.
Isto porque, a relação Preço/Lucro Estimado para 2021 (P/L) é de 15
vezes para o Carrefour, e 11 vezes para o rival.
O BTG Pactual também indica posição neutra, com o mesmo
preço-alvo: R$ 24.
Bradesco BBI
O banco Bradesco BBI comentou que os resultados do primeiro
trimestre do Carrefour Brasil foram positivos, mostrando o bom
impacto que a epidemia do coronavírus teve para o setor
supermercadistas de uma maneira geral. O BBI ressaltou o
crescimento nas mesmas lojas do Atacadão, braço de atacarejo do
grupo francês no país, que foi de 19% nas últimas duas semanas de
março.
O BBI avalia que embora as vendas do atacado para os
restaurantes tenham caído por causa da epidemia, que levou ao
fechamento dos estabelecimentos, esse efeito foi compensado pelas
compras dos consumidores finais. O BBI também destacou o
crescimento de 8,9% nas vendas das mesmas lojas dos supermercados
de vários formatos do Carrefour, que chegou em linha com as
estimativas do banco e superou as do principal concorrente no
Sudeste.
Outro destaque foi o crescimento de 26% na receita do Banco
Carrefour, muito acima da projeção de 12% feita pelo banco. “O
Carrefour Brasil claramente respondeu muito bem à chegada da
epidemia do Covid-19 ao país e as fortes vendas no final de março
mostram que a empresa teve um bom desempenho em um ambiente
desafiador”, avalia o BBI. Mesmo assim, o banco nota que as vendas
nas mesmas lojas desaceleraram no trimestre em comparação ao quarto
trimestre de 2019, e por isto parecem perder ímpeto. O BBI mantém
por isto a ação do concorrente Pão de Açúcar como “top pick”,
reafirmando a recomendação neutra para o papel CRFB3, com
preço-alvo de R$ 23,00 para 2020, uma alta de 14% sobre o
fechamento de ontem na B3.
UBS
Já o UBS limitou-se a compilar os dados divulgados pelo
Carrefour, comparando-os aos da concorrência.
Nas contas do banco de investimento, as vendas mesmas lojas
cresceram 8,9%, ante os 12,7% no quarto trimestre de 2019, quando
se desconsidera o efeito calendário e a venda de combustíveis,
apesar do salto de 26% nas receitas nas duas últimas semanas de
março.
Em benefício do Carrefour, os analista atribuem parte do forte
resultado do último trimestre de 2019 à Black Friday, temporada de
descontos que já se tornou tradicional no Brasil. Ainda assim, a
recomendação do UBS para os papéis é neutra, com preço-alvo de R$
24.
Credit Suisse
O banco Credit Suisse avaliou positivamente os resultados
trimestrais do Carrefour Brasil, mas notou que parte do desempenho
já havia sido precificado pelo mercado, por isto espera uma reação
neutra. O banco destacou o sólido crescimento de 8,9% nas vendas
mesmas lojas nos supermercados e também a expansão do Atacadão,
notando que a estocagem de produtos era um efeito previsto, da
parte dos consumidores, por causa do começo da epidemia no Brasil
em março.
“Vale ressaltar que esses números reforçam o bom desempenho da
empresa, que vem reportando resultados positivos nos últimos dois
trimestres. Mesmo antes da chegada do Covid-19 nossos analistas
observaram que o Carrefour Brasil estava bem posicionado para
entregar resultados consistentes durante 2020 e esses números
reforçam a tendência”, avalia o CS.
Ágora
O comentário da Ágora limita-se apenas a reiterar sua
preferência pelo Pão de Açúcar, em vez do Carrefour.
XP Investimentos
“Esperamos uma reação levemente negativa do mercado ao
anúncio. Reconhecemos o sólido desempenho de vendas divulgado
pela companhia no trimestre. Entretanto, com as ações do Carrefour
Brasil negociando a um múltiplo de 17x P/L para 2020e, um prêmio
relevante em relação ao seu principal competidor (10x para o Grupo
Pão de Açúcar), acreditamos que os investidores esperavam um
crescimento de vendas ainda mais robusto no período.” avalia a XP
Investimentos.
A XP mantém recomendação neutra e preço-alvo de R$ 22,00 no
final de 2020.
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